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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1607. Carta de Álvaro Belo, frade, para Jorge de Melo e Salvador da Teixeira, inquisidores.

Autor(es) Álvaro Belo      
Destinatário(s) Jorge de Melo      
In English

Private letter from Álvaro Belo, friar, to Jorge de Melo and Salvador da Teixeira, inquisitors.

The author asks for permission to travel to his homeland, Setubal, to try to recover from his disease.

The defendant in this process is Álvaro Belo, religious of the Order of St. Francis and guardian of the Convent in the village of Alvito (Alentejo). Natural from Setubal, the defendant is accused of heresy by the Evora Inquisition, for having said at the refectory table that "God formerly ruled better than now" and that he "wished he was God," and also for having written that "all religions were good and in all of them men could be saved if they had faith, among other things. The defendant was denounced by the Father Vicente da Cruz, who felt indignant to hear his words at meal time. The transcribed letters were submitted by the defendant to the Inquisition Table in his defense. Not wanting to present himself voluntarily, the defendant was held captive in the San Francisco Convent.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

Page [68]r

[1]

Escrevi a Vsms os dias passados por via do pe fr Anto dos innoçẽtes

[2]
lente de tEogia no convento de s frco dessa çidade avizou me q lhe
[3]
responderã Vsms q mandariã a resposta, q ate gora vi.

[4]

Despois soçederã mil cousas, q como da religiã, callo, mas todas nasçi-

[5]
das de infinita paixão. de me ds paçiencia: porq sendo tido por estra-
[6]
gado no publico, me arguẽ o secreto imputando a mal meu zello E in-
[7]
teireza. faça ds sua vontade Em mi q seu sou.

[8]

O todo he q me deu o pe Mro 9 cargos a q respondi Em 24 horas sẽ

[9]
serẽ sentençeados, me suspendeo, E me pos presidente no convto, E mandou
[10]
me fosse pa beja ou pa serpa ou viesse ter elle a alcaçar saindo me
[11]
de casa Em 8 horas.

[12]

Vim me ter elle doente como ele bio de çezões todos os dias deu-

[13]
me licença pa estar aqui algũs dias ate poder mais comigo. E dispẽ-
[14]
sou q estivesse fora do convento, pa mais guareçer, obrigando me a differir
[15]
a Vsms o q ja estava p mandado de Vsms E mui obediente.

[16]

Em mui grande cerco me bejo minha doença, E poucas forças pesso

[17]
a Vsms pellas chagas de ds me dẽ licença pa poder daqui passar a setuval
[18]
(meu natural) onde, cuido, poderei ter alguma cura, E cobrar alguãs forças,
[19]
porq Eu sinto as cousas da ordẽ tanto, p ser çerto a todos serẽ paixões
[20]
como estar nesse sto tribunal tido por Reo, sendo Eu que sou com tudo obe
[21]
dientissimo tãbẽ cuido q Vsms me tẽ ja respondido E q he possivel
[22]
ser me desviada a resposta, pquanto sei de experiençia a pontualidade
[23]
q se acode a tudo.

[24]

Advirto a Vsms em ds q todas estas cousas não tẽ mais de substançia

[25]
q as vozes nasçidas de quẽ me quer ver Em Capitolo q se bẽ
[26]
chegando. Sẽ mais xo. todos E gde a Vsms ms as de alcaçer E fevro a 3
[27]
de 1607

[28]
fr alvro Bllo

[29]

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