O autor declara o seu amor ao destinatário, pedindo muito segredo em
relação ao conteúdo amoroso da carta e dando instruções quanto ao modo
como poderia proceder para o ajudar a sair do convento.
[1] | meu amor da minha aLma o q Vm ha de fazer meter
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[2] | o seu parente aquele padre da conpa matias da costa q fale
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[3] | Com meu pai e a seos irmãos todos e se puder ser Vm peitar
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[4] | o prellado, metello por terceiro prometendolhe Vm aLguma
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[5] | couza dizendo q sou eu asonbro de boa vos q em eu me ven
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[6] | do la fora Vm e eu seremos o q eramos
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[7] | e peite Vm o prelado de
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[8] | o da mulher tenho, achado q hum outro
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[9] | he dos milhores gostos q ha eu ca farei com q eu me
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[10] | e busquarei traça meu amor deste coração q senpre
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[11] | meu coraçam tenho reprezentado a Vm nas me
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[12] | ninas dos meos olhos e faça Vm o q emtender nisto
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[13] | Deste seu coracam d alma em sinaes das
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[14] | em sinal destas lagrimas lhe ponho a Vm
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[15] | estes riscos
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[17] | emfin estes riscos cam, poços pera comparar
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[18] | com as lagrimas não tenho q emconmendar
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[19] | Deste seu cappto deste seu amor a quem eu quero
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[20] | muito
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[21] | fr sebastião o q lhe pesso a Vm he se
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[22] | gredo deste escrito q a Vm
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[23] | lhe emporta mais q a mim
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[24] | olhe la Vm
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[25] | o q fas.
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