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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1618. Carta de autor não identificado, provavelmente um dos sobrinhos de Joana de Sousa, para o seu primo Duarte Rodrigues.

Autor(es)

Anónimo495      

Destinatário(s)

Duarte Rodrigues                        

Resumo

O autor dirige-se a Duarte Rodrigues dizendo que a sua tia, Joana de Sousa, juntamente com as filhas e o genro, pretende fugir do país e pedindo que lhe escreva uma carta a convidá-la para o ir visitar a Sevilha, para que esta sirva de prova caso sejam apanhados.
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borão da carta q se de de escre
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ver a sevilha a duarte roiz

Estamos em tempo tão apertado e em tão grão

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de cativeiro q nos he forcado valermonos da en
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dustria e traca posivel pa poder saiir deste laba
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rinto e fogo a que cada ora nos vemos arisca
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dos por vermos arder a tera cada ves mais e an
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tes q o fogo se ateie mais nos foi forcado buscar
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remedeo pa fogir delle e ainda que grãode de
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trisão e risco e pa reduzir a efeito este intento
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de nosa tia Joana de sousa lhe he forsado va
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lerse do favor de vm hũa carta sua cujo tres
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lado com este vai pera que sei lhe sirva de hũa
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ancora em q se apege en cazo q aja tromenta
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ao sair deste porto por as muitas espias que
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ha e serco em que as pesoas qua estão ella se
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vai suas filhas e genro e leva remedio com
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que lhe não darei enfadamto em pucaro d a
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goa somte quer esa carta pa constar que vai a seu
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chamado pa a mostrar pa O que sosedeu por
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que chegados a esa tera dahi se a de loguo par
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tir e pois tão pouca coiza os pode ajudar
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lhe peco lhe não falte com a mandar tanto
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que este vir sobescrito e porte pa ella por
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via do pro coreo toda a brevidade posivel e
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porq estou de caminho nesta não sou mais
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largo noso sõr etta

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