O autor justifica-se perante o destinatário reconhecendo os seus erros, mas ao mesmo tempo queixa-se de perseguição por parte de terceiros. Pede que o destinatário interceda a seu favor, sobretudo para efeitos de uma restituição de bens.
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minha molher me disse q Vm lhe fezera
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[3] | mtas ms o sor lhas page e me dise tãoben q vm
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[4] | se enojara da carta e eu sei q iria mall q
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[5] | mto homen apeixoado não e sor de si não se
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[6] | de me fazer ms q eu as ei de agardeçer e a
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[7] | si me diserão q la me tratavão de
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[8] | mall ẽ min não a esas falltas q não mamei tão mao
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[9] | leite inda q tenha roin cabeça Vm me faça
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[10] | m de me descullpar ẽ todo o posivell q eu não tive
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[11] | cullpa e diga Vm ao mãoçebo q lhe forão a
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[12] | sua caza q po gomes primo de ganboa fez iso
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[13] | e o juiz lha abrio q eu não lhe tive cullpa nhũa
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[14] | mto senti teren esess mto ma conçiençia
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[15] | en me mataren minha egoa q esta aberta
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[16] | e manca e de tall sorte q não servira
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[17] | mais vm ma faça de dizer eses homẽs onde
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[18] | esta o meu fato mo queirão dar q eu não o
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[19] | ei de deixar perder nen lhe devo nada e não sei
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[20] | con que conçiencia mo queren tomar la esta
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[21] | ho freio da egoa çirlha hũ cobertor e
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[22] | sejão servidos darma antes de mais ẽfados q iso
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[23] | não me esqueçera jamais porq e meu e
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[24] | fazme mister e são mto parvõs en se quereren dei
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[25] | xar asi ficar e falar la tãoto como falarão eu não
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[26] | me nomeei por fameliar inda q mo chamasen
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[27] | a min e se me esviei tinha rezão de sentir mais
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[28] | q os demais vm me mãode como seu criado
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[29] | espero verme cõ vm cedo q cõ carta dese
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[30] | irei pedir os lugeis da minha egoa e
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