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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

[1739-1740]. Carta de [João Esteves da Vige] para Manuel Álvares Gondim, promotor.

ResumoO autor denuncia detalhadamente a conduta amoral do vigário da freguesia.
Autor(es) João Esteves da Vige
Destinatário(s) Manuel Álvares Gondim            
De Portugal, Viana, Cabração
Para Portugal, Valença
Contexto

João Vaz moveu uma causa crime contra o padre José Cerqueira Pinto, vigário da freguesia de Cabração, Viana, acusando este de ter tido um caso com a sua mulher, Domingas Esteves. Estes factos teriam ocorrido quando João Vaz esteve ausente de casa, passando em Lisboa um período de oito anos. Segundo o queixoso, as cartas apensas ao processo constituiriam prova do sucedido. O denunciado, porém, contestou a veracidade das mesmas, alegando terem sido forjadas. Argumentou ainda que João Vaz agira por vingança, a ponto de reunir testemunhas falsas contra si. Ao longo do processo, percebe-se que foi afinal o irmão de Domingas, João Esteves da Vige, o causador desta intriga, instigando João Vaz por meio de cartas e reunindo testemunhas contra José Cerqueira Pinto. A inquirição das testemunhas colheu dados contraditórios.

Suporte uma folha dobrada de papel de carta escrita em todas as faces do fólio 32.
Arquivo Arquivo Distrital de Braga
Repository Relação Eclesiástica
Fundo Livramentos
Cota arquivística Maço 1, N.º 1
Fólios 32r e v e 33v
Transcrição Ana Leitão>
Revisão principal Fernanda Pratas
Contextualização Ana leitão
Modernização Fernanda Pratas
Data da transcrição2016

Page 32r > 32v

[1]

Snor Doutor prometor o snor da voa fim lhe toda a vida e sa

[2]
ude q desejia pa Remedio de almas q andam mal incacaminhadas como he a deste desgrasado q des q h vigai
[3]
ro na frga da cabrasão não tem vivido como bom
[4]
pastor senão como mauo sempre amansevado como
[5]
foi mtos anos com a filha de maria domingues chama
[6]
da izabel q dele pario algumas veses de q deu gdes dis
[7]
gostos e aRohidos os parentes

[8]

deixada hesta desincaminhou huma filha de frco

[9]
pires q estando jurada com po Alz Rolo a tirou diso
[10]
so a fim de ser sua manceva mtos anos

[11]

deixada hesta tratou de desincaminhar a filha de iza

[12]
bel Roiz ja defunta e a tirou de casa e a lebou pa perto
[13]
da sua fazendolhe casa nova e lhe tirou a telha e madeiras
[14]
q hela tinha na sua pa aparelhos da nova

[15]

defamou outras mosas donselas adonde ouve mto disgosto

[16]
deixada hesta tratou de desincaminhar a molher de domin
[17]
gos Afons bousas donde ouve mto aRohido de q foi
[18]
escribam destes desaforos Anto Barbosa pto

[19]

Agora tamin vivido com a molher de joão bas

[20]
q chamão a hela domingas esteves q lhe não sai de casa
[21]
de q tem dado e da mtos escandolo A ds noso snor e como
[22]
o dito marido esta preso inda anda mais desaforado
[23]
o filho e a filha do dito foram-se di casa pelos desaforos
[24]
q viam q hele he tam manhoso q se ajusta com os
[25]
rendeiros pa lebar os visitadores pa casa e mtas veses
[26]
se tira la a devasa i casa dele e os labradores com me
[27]
do não jrão nada tem tas a sua mão q lhe jrao qto quer
[28]
q chegou huma a jurar tanto q lhe inpequeseo a mão
[29]
Ameca os fregueises humas meteos nas armas como foi
[30]
A domingos Afonso a mais a molher hera manceva
[31]
fas o q homem omano não fas pa histo manoel mezi
[32]
da igra joão frz da igra domingas Afonso vesi
[33]
nha joão Afo maques po Alz Rolo domin
[34]
gos mz sobreiral o pe Anto Afo da Costa
[35]
joão frz marinheiro joão esteves A fi
[36]
lha de joão bas chamão mariana jozefa Afo

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