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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1711. Carta de Manuel Mendes Cunha, homem de negócios, para o seu tio, Manuel Mendes Monforte, médico.

Autor(es)

Manuel Mendes Cunha      

Destinatário(s)

Manuel Mendes Monforte                        

Resumo

O autor notifica o seu tio sobre o decorrer dos seus negócios, queixa-se da carestia de trigo e de azeite, que está a afectar todo o reino, e das revoltas que têm ocorrido no Brasil, dificultando o comércio. Dá ainda notícias de que decidiu, juntamente com a sua mãe, apresentar-se à Inquisição para evitar ser preso, dadas as recentes prisões de que falra noutra carta, e avisa-o, ainda, da morte na miséria de um seu tio, Pedro da Cunha de Oliveira, que estava preso. Também o notifica do atraso da frota em que enviava a carta que, devendo partir em março, ainda não partira em maio, devido às revoltas no Brasil.
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[1]
[2]
De panoz vermelhoz e vinte cobertorez de papa que enportou posto
[3]
a bordo como se ve de sua carregam - 201 U 323 rs, e No Navio Santa
[4]
Crus do mtre Mel gonsalves Lixa que Dz leve a salvamento, outro far
[5]
do com sinco pssaz de ditoz panoz azuis e treze cobertores de papa
[6]
anboz com ma marca de que vão conhesimtoz

[7]

oz panoz de Alcains thé o prezente não tem vindo por mais que oz

[8]
thenho pedido, e este coro tive avizo me mandavão huma carga
[9]
mas temme feito este mesmo avizo tantaz vezes que o não creio
[10]
the , não estarem, estimarei cheguem a tenpo de poderem hir

[11]

em dto Navio S. Pedro mando a noso tio e sro Mel Mendez

[12]
Monforte emtre outraz mais couzas hum Barril de graonz que me
[13]
pedio e nelle vão dois alqrez pa vmce, e pordoeme a limitacão que
[14]
se não puderão aver mais, az azeitonas tanben me avizarão az m
[15]
andavão, maz o que toca a coizas da Bra duvido venhão pela pouca
[16]
coreguide que tem quem haz a de mandar que quando o fazem he
[17]
senpre fora de tenpo de poderem hir.

[18]

Manoel Rois da Costa vay tombem pa o Rio nestas Naoz e por mais di

[19]
ligensias que fiz não pude carreguarlhe mais que hum fardo
[20]
de Baietaz de cores; estou esperando por dez Baris de azeite que
[21]
mandei conprar a Brantes pa tanbem lhes carreguar
[22]
por da conta, sinto que este pobre mosso lhe tenha empata
[23]
do oz seuz ifheitoz porque conheso que vive com o seu credito
[24]
que com esta demora não podera acudir a elle mas thenha
[25]
pasiensia que bem vio e lhe constou que a sola foi este anno
[26]
ruim guenero e esta que de sua calide ho he que esta metade
[27]
em ser, e a vendida fiada por paguar que pa se lhe hir dando
[28]
sahida asim he nesesario mas farei mto por ver se na frota
[29]
lhe Poso mandar a maior pte de sua enportansia ou toda
[30]
se puder ser que por diligensia não perdera.

[31]

o do amro me recomendou a venda doz 8 fxoz que Vmce carre

[32]
gou nas alagoaz com 48 @ pa deles se darem dois a ilena
[33]
Nez e sua cunhada e oz seis se venderem e a seu prosedido com
[34]
o do frasco de olio de S. Thome se repartir pelas pessoaz
[35]
que vmce aviza sem embo que Vmce me quis livrar este
[36]
anno de correr com estaz repartisoins pelas emjustas quei
[37]
xaz que suponho lhe fizerão; contudo como a mim he
[38]
que vinhão e mandavão todoz oz que vem nomeadoz pro

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