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Maarten Janssen, 2014-
Resumo | Ana Maria da Piedade escreve ao irmão a reclamar da falta de correio. |
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Autor(es) | Ana Maria da Piedade |
Destinatário(s) | Miguel Henriques de Fonseca |
De | Portugal, Beja |
Para | Portugal, Lisboa |
Contexto | Processo relativo a Miguel Henriques de Fonseca, acusado em 1672 pela Inquisição por crimes de judaísmo, heresia e apostasia. O réu era advogado da Casa da Suplicação, em Lisboa, e da sua família foram também presos, pela mesma suspeita de judaísmo, o seu pai, tios e primos, todos acusados pela Inquisição de Évora. Foi acusado de ter ido a casa dos tios e, num jantar, ter querido anunciar a palavra de Moisés para sua salvação, e, por causa dela, não comia carne de porco ou de coelho. O réu, nos cárceres da Inquisição de Lisboa, foi sempre vigiado, tendo atestado os guardas que jejuava três dias, o que Miguel Henriques de Fonseca negou. Aliás, este réu começou sempre por negar culpas, afirmando em várias sessões de interrogatório que não via razão para estar encarcerado. A mãe era já falecida e deixou-lhe bens, matéria sobre a qual escreveu à irmã, Soror Ana Maria da Piedade (religiosa professa no Convento de Santa Clara de Beja) na carta CARDS3107. O réu possuía uma livraria que constava de 600 corpos. O seu processo é muito longo, devido às suas recusas de confissão. Acabando por fazê-lo, Miguel Henriques de Fonseca foi sentenciado com excomunhão maior e confiscação de todos os bens para o fisco da Câmara Real. No último fólio ‒ antes das contas do processo ‒ está escrito que o retrato se devia afixar no "lugar mais público e acomodado [...], onde estará até o tempo o gastar". |
Suporte | um quarto de folha de papel não dobrada escrita no rosto. |
Arquivo | Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository | Tribunal do Santo Ofício |
Fundo | Inquisição de Lisboa |
Cota arquivística | Processo 9485 |
Fólios | [83]r |
Transcrição | Mariana Gomes |
Revisão principal | Leonor Tavares |
Contextualização | Mariana Gomes |
Modernização | Sandra Antunes |
Anotação POS | Clara Pinto, Catarina Carvalheiro |
Data da transcrição | 2009 |
[1665]. Carta de Ana Maria da Piedade, religiosa professa, para o irmão, Miguel Henriques de Fonseca, advogado.
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