Contexto | Os réus deste processo foram José Rodrigues Loureiro, preso no Limoeiro, Isidora Margarida e João Francisco de Castro. Foram acusados de «furtos industriosos por meio de carta», i.e. extorsão. O preso escreve a várias pessoas intimando-as, sob ameaça de morte, a enviar-lhe dinheiro em papel-moeda por carta para casa de Isidora Margarida. O processo contém as cartas de extorsão e respectiva resposta pelos ameaçados, José de Sousa Guerra, negociante na Póvoa do Varzim, o vigário geral do Sameiro de Santa Olaia, em Tondela, o prior de Cedofeita, no Porto, João Correia da Costa Godinho, de Santa Comba-Dão, e um negociante de Tondela, Julião Nunes da Silva, que chega a enviar 50.000{#//teiHeader/fileDesc/sourceDesc/letDesc/additional/note[@subcat="context"]}0 réis. É por meio das cartas ao prior de Cedofeita que a quadrilha é apanhada pela polícia: tendo sido a polícia previamente notificada, uma das cartas de resposta é enviada sob a forma de encomenda, tendo como tal que ser recebida por pessoa identificada. O carteiro vai a casa de Isidora com um oficial que ordena, no momento em que a carta é recebida, a sua prisão e que a casa seja revistada. Por meio de repetidos autos de perguntas e outras averiguações, chega-se então à conclusão de que as cartas são da autoria de José Rodrigues Loureiro Laborda ou Taborda, preso do Limoeiro, entretanto enviado para o segredo desse estabelecimento, que várias vezes se identifica como «Chuço». Dada a dificuldade de obter dos arguidos uma confissão e a consequente morosidade do processo, é usada parte da quantia enviada pelo comerciante de Santa Comba Dão para as custas judiciais, sendo-lhe o resto devolvido. A CARDS5189 foi copiada por escrivão. |