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Maarten Janssen, 2014-

1597. Carta familiar de Duarte Rodrigues Braço de Ouro, mercador, para o seu irmão, Simão Álvares. zoom_out zoom_in navigate_before   navigate_next info fullscreen menu

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[fig1]
Irmão Simão Alvares

aImda que hos tempos e para milhor dizer deos aja preme
tydo
que vivesemos tão apartados e nos não visemos
com hos olhos do corpo comtudo não se podem hapar
tar
a natureza e o samgue com que estamos unidos
e
não ha couza na vida bastamte que nos impida ho ver
monos
cada dia com hos olhos da alma e com ho pem
samemto
ho qual eu numqua de vos aparto nem de mynha
may e mais yrmãos
fizera o que desejo se cada dia vos escre
Vera
hũa carta aymda que não fora mais que para vos mo
Ver
a que muytas vezes me escreveseis para eu ter me
Udamemte
novas boas vosas e de toda vosa caza
e nisto
me comfeso por descuidado mas não em comtynuamẽte
as amdar pergumtamdo e imquirimdo
e das que ouso
por serem prosperas levo tamto comtemtamemto quão
to
se deve a boa Irmãodade
primita deos que sem
pre
va por diamte de bem em mylhor
novas minhas
são estar nesta cidade de burdeus com saude como sem
pre
ha ey tydo ds seja louvado com muytos amigos
de modo que so me falta o vervos como ja vos dise
nela
guanho de comer aImda que a menor parte he a mynha
porque o que se neguocea quazi tudo core por minhas mãos
de modo que se se pode dizer eu gramgeo para outro e
quaze fyquo de fora
não que me falte hum pão mas
fora d outra maneira se vos quizeseis pois podeis

e fazer o cazo de e ter a comfyamsa que hos
outros tem por se não aver achado numqua couza
em mym que não fose dina de omem omrado e fo de
noso pay
vos vos podeis aproveitar muyto querem
do
ter neguosio nesta cidade que he hum tyzouro es
comdido
e a mỹ fazer o que se deve a hum Irmão