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Maarten Janssen, 2014-

CARDS0167

[1829]. Carta de João Lino da Mota, soldado, para António Luís Peixoto, escrivão.

Autor(es)

João Lino da Mota      

Destinatário(s)

António Luís Peixoto                        

Resumo

João Lino da Mota dá ao escrivão instruções em relação ao processo.

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AO Snr Anto Luis Peixoto Reposteiro da Camara de S Magde e Digmo Escrivao do Crime do Bo do Caste llo etc etc etc em Sua Ilte Caza Senhor Antonio Luis Peixoto

o acharme com a perna direita muito inçhada, sem poder susterme nella e em Vzo de Bixas he que fez e faz com que ontem não fosse ter com Vmce e nem hoje, pois ja que infelizmente, foi em mim que Recahio o ficar bem Maltrado no Dia 27- por esse Luis das Neves que foi prezo no conflito e se acha a ordem do seu Competente Juis, como Vmce ja tera Visto da parte da Poliçia, Eu inda que o Cazo he algum tanto ponderozo, comtudo Vejome tao atacado, de peditorios que athe não estou Rezolvido a não lhe ser parte Como athe imploro da sua bondade que tenha Compaixão da Mulher pois elle deserto a não mereçe

e athe mesmo a não serem tantos os peditorios e Eu podesse sahir ja tinha hido ter com o Padrinho, para melhor ser aqueçido porem Paçiençia ja agora não tem Remedio, e por isso melhor he o Vmce compadecendoçe da Mulher, fazerlhe o que estiver ao seu Alcançe, e tenho a Honra de lhe Remeter a Çertidão do Facultativo que me esta asistindo, e logo que me Veja melhor, e com a perna dzinchada Irei aos seus pés,

como quem sou seu muito e muito Obrigado Venerador e Criado João Lino da Motta o Pintor e Afilhado do Senhor Concelheiro João Antonio Rodrigues - Ferreira

PS dezejolhe a sua Saude e da sua Senhora e da Senhora Dona Antonia seu Genro, e quem mais lhe diz Respeito


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