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Maarten Janssen, 2014-

PSCR0013

[1545]. Carta de Dona Margarida de Alcáçova para o seu irmão, Pedro de Alcáçova Carneiro, secretário de estado.

Autor(es)

Margarida de Alcáçova      

Destinatário(s)

Pedro de Acáçova Carneiro                        

Resumo

A autora comenta uma carta anterior, desculpando-se de que o seu marido não seria conhecedor do seu conteúdo. Agradece uns queijos muito bons e fala de ovos que fizeram mal a uma amiga.

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Ao mto. manyfyco serõ ho serõ po dalcacoua carneiro o serõ meu yrmão

se soubera que da mynha avya de ter tãto desgosto amtes me soportara com muytas cousas que lhe dar cõta delas porẽ porque me parycya que não tynha outrẽ a quẽ dar esta comta que se mays doese de mynhas cousas que vosa merce ho mays larguamente do que devera beyjarlhey as mãos se tiver aỹda a mynha carta mãdarma porque Ruy mẽdez como que mal sabe parte dela cuyda que lhe yscryvy outra cousa porque heu lhe juro por sua vida que Ruy mẽdez não sabya que lhe eu yscryvya mas ãtes esta aguora morto cuydãdo que vos eu alguñs gramdes ceyxumes e nysto me fara muito gramde merce e muito mor crer esta verdade e não ponha culpa a Ruy mẽdez porque esta gemte ho faz não ãdar em sy nẽ sabe a que se torne e muitos dyas a que ele eu sabemos quãoto vosa merce folgua de nos fazer merce asy neste i caso como todos os mays e se ele bem soubese parte da maldade desta gemte não nos culparya eles rỹse qua de comcerto e que nũqua tal falarão

nẽ quẽrẽ pyr yquy vera quam pouca culpa temos nestas cousas he porque espero qu ele sabera parte da verdade não dyguo nesta mays a senhorã dona Catarina e a vosa merce beyjo myl vezes as mãos e asy lhas torno a beyjar polos ceyjos são muito bõs e não podem deyxar de serẽ asy poys são seus quysera comvydar eles ysabel jordoa mas ouve medo de lhe ỹburylharem ho estamaguo como os ovos que lhe vosa merce mãdou que se guabava que não sabya que aquylo era tam sẽ sabor que não o podera comer e nela quysera mays falar mas ela esta tam mal ele como ele esta cumyguo porque lhe faltou de vyr ao tempo que lhe fycou, suas sobrynhas lhe beyjão as mãos

sua J. R. dona margarida d alcacova

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