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Maarten Janssen, 2014-

PSCR0111

1540. Carta de Fernão Mendes, procurador, para João de Melo, inquisidor.

ResumoO autor tenta interceder junto do destinatário para que reconheça a inocência de um réu que ele representa.
Autor(es) Fernão Mendes
Destinatário(s) João de Melo            
De Portugal, Lisboa
Para Portugal, Lisboa
Contexto

A maioria das cartas integradas neste processo foi composta pelo licenciado Fernão Mendes, procurador de Simão Franco, acusado pela Inquisição, e dirigida ao inquisidor responsável pelo caso, João de Melo. Nelas, o procurador tenta interceder em benefício do réu. No final do fólio 5r do processo, está a assinatura e letra de Fernão Mendes, que pode ser comparada com a das cartas escritas e que ajuda a compravar ser ele o autor das missivas.

Simão Franco negou inicialmente as suas culpas de judaísmo, declarando que as testemunhas que o acusavam eram seus inimigos capitais, mas acabou por se declarar culpado.

No final do processo, encontra-se outra carta (PSCR0110), aparentemente desconexa do processo. Vai dirigida ao capelão do cardeal infante Dom Henrique, que foi quem ratificou a sentença final, e contém uma referência a um "Pinheiro", que poderá ser Roque Pinheiro, uma das principais testemunhas contra Simão Franco.

Suporte uma folha de papel dobrada, escrita nas faces interiores.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Lisboa
Cota arquivística Processo 13223
Fólios 37v-38r
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2313437
Socio-Historical Keywords Tiago Machado de Castro
Transcrição Tiago Machado de Castro
Revisão principal Catarina Carvalheiro
Contextualização Tiago Machado de Castro
Modernização Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2016

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Sor

este he o mais desẽparado homẽ q pode aV no mũdo poq nũqua po elle me requereo alma viva nẽ deve ter quẽ delle se doya e po yso fiz tão larga pva como podya/ sd satis est q hũa agueda fereira q aqui testemunhou lhe he suspcã e seu mdo roque pinhro poq lhe devẽ dro e negãolho e sobre yso pasarão palavras como diz joana gomez aas 18 folh e tanbẽ ma nunez ta lho deve e folgão de o V pdido po cobrar o seu.

Itẽ depõe falsisimo a ageda fereira mil falsidades poq diz q po cerimonia tirava pão e deitava cesto o q nũqua foy cerimonia nẽ faz de comer aa quĩta fra pa a sesta he cerimonia e diz mil patranhas ex q sibi est redẽdz e diz q guardava os sabados he pva q o fizese po cerimonia poq são as tas q o dizẽ susptas e mais podiase esto faz sẽ cerimonia q cãsado de toda a semana / e tẽdo jaa pedidas suas esmollas q comũmte os homẽs nobres fazẽ aa sesta fra In memoriã de dici passionis dnĩ/ queria quereria folgar pouco ao sabado/ q sẽpe uzão estar os homẽs cãsados/ e po yso chamão os escolares hoão sabatina aa q he breve/

e este pobre velho pva q se comũgava e cõfesava e hia ha igreja igĩ debet absolvi ira peto


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