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Maarten Janssen, 2014-

CARDS4005

1654. Carta de Helena da Costa para o seu marido, Francisco Rodrigues, alfaiate em [Alcácer do Sal].

Author(s)

Helena da Costa      

Addressee(s)

Francisco Ferreira                        

Summary

A autora queixa-se ao marido, acusando-o da sua longa ausência. Conta-lhe também com pormenores os problemas judiciais e económicos por que tem passado.
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frco rz

mto fistiei oubir novas bosas q tam desConsolada vibo e sen novas uosas mto mais maginamdo q bos esquesias de min e da bosa filha pois bos tenho esCritas Catroze Cartas todas remetidas a setuvel a Caza de ma ribeira adonde me mandastas dizer n hũa so Carta q li da bosa mão e esta aguora duas o q me Cauzou grande pena pelo asima dito e por Cudar que estarias doente a lisboa bos esCrevi por sete portadores ainda não tive reposta aguora mandei hũa ho bexigua de manoel maChado q esta la ainda não tive resposta Como me dizeis q não tivestes Carta minha não bos torno Culpa o não me esCreveres q ainda se bos as proCuraras as minhas Cartas era forsa q de tantas algũa bos fora aguora nesta bos quero avizar de tudo pa saveres o q se pasa eu mudeime pa a tore velha pelo sa migel tanto q hahi estive Jeronimo preo me vei penhorar en tudo Canto estava na Caza dei Conta a voso Conpadre ele deu ordem pa se rasgar a penhora eles fiCarão a papa na boCa tan grande raiba foi a sua e a de ma fernamdes q não falou mto tenpo o Conpadre e dis os diabos de bos e q numCa aveis de vir a tera e anda dizendo a toda a jente pa mo vire dizer pouCo q estais mo espital de lisboa outro pouCo q morestes q ela a min não me salva Cando os macaricos virão a penhora feita Cudando q lhe aporveitase e q não tivese eu por onde lhe pugar a eles fizero hũa petição o iuis Como bos fugiras e eu não tinha nada de meu botarome fora estive Com vosa mai enCanto não aChei Caza aguora moro defron de minhas madrinhas aonde morou a grelha estou ahi riCamente se bos estiveras Comiguo mto milhor todos os dias estou olhando se me bateis a porta avizaime Cando aveis de vir senão vindeme m busCar q se eu não andara prenhe oubera de ir este ome mas arisiei de não poder andar e mais eu q mto doente q não me atrevi a ir falar este ome a sua tera o q mto dezejei fazer e mais levarlhe esta Carta q Cando me ele levoi a vosa mandouma por moso Como se não qis esperar e não fis a senão duas reguaras mas fundada de ir la mas iulouos q ando tão doente q me não atrevi mandei la minha mai esta dahi a catro dias q me a vosa foi dada pesouos mto q me escrevais todos os Coreos e q não pase a pasCoa Como pasei o natal q se não bindes ate antan fazei de Conta q parindo e uindo o marinhoto dou comoguo la q eu devo de parir pa a pasCoa não qizera estar sen bos binde sen falta nhũa não se bos de de dinheiro q ds não he de faltar q eu ainda não bendi nada do q me deixastes nem enpinhei nem por iso me vai milhor so ds save o q eu paso de dia cozo pa Comer de noute fio pa Cando parir e pa pagar a Camiza e outras meudaies de q bos savias o lensiado leite ia não tendes Couza nhũa q o Castinheiro esteve prezo en basto ate pagar antam dezia q bos q lhe fizestes hũa asinado en Caza do Chapeu pardo de lhe dares mil rz aguora ja não fala niso nem ele não sei aonde anda senpre q numqua o veio a voso Conpadre tendes mta obriguasão porq en todos os presos Cando bos partistes e outro dia traziavos não sei Cantos testois Cando bos não aChou fiCou morto por vos enCanto o acupo o aCho mto serto ele bos manda mtos reCados e vos bos não esquesais dele en todas as Cartas e lhe escrevei o q bos pareser vosa mai bos manda mtos reCados e minha mai os mesmos a vosa filha hũa abraso mto aroChado jeronimo luis mtos reCados o pridigam mtos eu tamen bos mando abraso ainda q bos mo não mandastes e bos peso mto q me não falteis novas vosas duas Couzas bos pido desa sidade Cando bos vieres q mas traguais hũa pouCa de casa e hõs Corais q he Couza q mto dezejo q bem saveis o fin q. os meus levarão e mais pesouos mto Como amiguo q se tiveres portador serto q bos alenbreis de min q paso mtas nesidades e mais a vosa filha na Cama bos fis esta Carta q me bai mto mal ja a mto tenpo mais bos Conto os mtos traualhões q pasei o desenbraguador q estive arisCada a estar na Cadea antam falei a dous omes q falase o desenborguador antam dei testemunhous Como bos estavas auzente avia tres mezes mea vila esta preza esta alsada fiCou Culpado na morte do filho de matias de faria dauinde miranda prenderão a mãi dos feijoeiros po da Costa o negro e mtas forsas fizerão por bos se souberão aonde bos estavas la ouverão d ir busCarbos eu não o qis dizer porq ouve medo q ajurar so a vos perCurarão ainda alsada aqui esta ainda não esta isto aCabado não sei en q a de vir a parar q tam enbrulada esta a vila a que ds gde Como dezeio não aja falta q me não esCrevais todos os Coreos e perCurai as minhas Cartas desta vosa molher ilena da Costa


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