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Maarten Janssen, 2014-

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1821. Carta de António José Cabral de Melo e Pinto, desembargador e corregedor, para Maria dos Prazeres Soares de Abreu e Melo, sua mulher.

Author(s)

António José Cabral de Melo e Pinto      

Addressee(s)

Maria dos Prazeres Soares de Abreu e Melo                        

Summary

O autor acusa a mulher de perversidade, de o enganar e de nem sequer ter amor pelos filhos.
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[1]
hua sombra somte qto difre seria a tua condu
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cta, elles felizes e tu mais ditosa. Pensas tu q
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eu em nada Cogito? enganas-te e pa que
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nam Cuides q sam Couzas me introduzem na
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Cabeça qdo eu for por isso quero darte hum li
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geiro toque em todas ellas asseverando-te que
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te conheço milhor do q os meos dedos, q tu nunca me
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enganaste prezumindo mmo q tu estás persuada q
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me illudes mas o tpo te dezenganará de qm se illude
[10]
q eu penso q a tua conducta mui regular qdo
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me persuado e sei q a mais preversa q pode
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haver q acredito q hés mto amante dos piquenos
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q nam os dezemparas, q Cuidas na sua educação.
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e adiantamto q nam os Largas de teo lado nem
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de noute nem de dia, q morrerias de Saudes se a
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cazo sahicem d' o de ti, qdo eu sei como tu os
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tractaste sempre q nam tens mais q extriorides
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q andam por esses Olivais, q dormes numa
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parte e elles noutra q nam temes os
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Ladrõens, e finalmte q nam os queres ahi se
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nam pa hum pretexto q fazendo a sua ruina
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faz tambem a tua disgrasa. Tudo isto era
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escuzado hũa vez q eu ahi vou mas ja diçe
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a razão por q he no mostrar-te q qualqr meda
[25]
q tome nascida da reflexão e não de quaisqr dittos
[26]
que

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