O autor denuncia ao destinatário uma mulher de nome Grácia por suspeita de feitiçaria.
[1] | A dita gratia, e mais notas tive q vinhão mtas
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[2] | pessoas a buscar esta gratia pa fazer curas,
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[3] | q
ella hia com quẽ a vinha buscar e lhe trazião
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[4] | Besta, e lhe pagavão mto bem; et tãobem me dise-
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[5] | rão q sertas pas lhe vierão perguntar hũ cazo, e
q
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[6] | pa ella o dizer chamara pello espiritu pa dizer
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[7] | o q lhe perguntavão, e hũz vezinhos lhe ouvirão
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[8] | dizer q lhe dera
mta pena o tal spiritu q vinha
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[9] | de , e se admirarão os tais vezinhos do q
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[10] | lhe perguntara e do dito outeiro se não fes mais
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deliga algũa perq hera em terra do Rdo
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[12] | do Porto, e me disera q elle queria vir
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[13] | rezultava, e como elle entender q hera
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[14] | sro do Stto offo. E tãobem vi estar esta da gra
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[15] | cia na mesma ocazião a dar com a cavessa
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[16] | em hũ cavesal de hũa cama deitada em
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[17] | hũa camareta q
era do Arcdo do Porto ja de
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[18] | funto João Lopes Bapta da , e q me diserão
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[19] | q qdo dava cõ a
cavesa q chamava pello
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[20] | spiritu, e me venzi e admirei. Et eu ja por
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[21] | duas ocaziois dei pte vocalmte desta
da
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[22] | gratia a hũ commissro do S offo e lhe dise
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[23] | se emformase no lugar adonde ella mora
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[24] | va a da gratia da sua vida
e costumes
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[25] | e lhe dise me parecia ser hũa comedeira, e lhe
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[26] | dise mais nada; e perq este dito Commissro
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[27] | he morto há de hũ anno e a da
graçia
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[28] | assiste ainda nesta da frga e he abunte de |
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