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Maarten Janssen, 2014-

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1752. Carta de Domingos Rebelo da Silva, sapateiro, para [Francisco de Sousa Caldas], abade.

SummaryO autor solicita um outro tipo de pagamento pelos seus serviços, ao mesmo tempo que assegura a eficácia da sua terapêutica.
Author(s) Domingos Rebelo da Silva
Addressee(s) [Francisco de Sousa Caldas]            
From Portugal, Viana, São Cristóvão do Pico de Regalados
To Portugal, Viana, São Miguel de Fiscal
Context

Domingos José Rebelo, sapateiro e curandeiro, foi denunciado à Inquisição de Coimbra, nomeadamente por Francisco de Sousa Caldas, um abade que recorreu aos seus serviços, mas depois o acusou. O religioso pagou-lhe as mezinhas, mas, confrontado com certas benzeduras, estranhas aparições e alusões a livros diabólicos, tratou de expor o caso, convencido de que tudo não passaria de um embuste.

Support meia folha de papel dobrada, escrita na primeira e última faces.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Collection Inquisição de Coimbra
Archival Reference Processo 7866
Folios [35]r
Socio-Historical Keywords Ana Leitão
Transcription Ana Leitão
Main Revision Catarina Carvalheiro
Contextualization Ana Leitão
Standardization Catarina Carvalheiro
Transcription date2015

Text: -


[1]
Sor Rdo abbe fui a Villa Berde procurar o que ajustamos
[2]
tibi a desgracia de o não achar
[3]
por essa Rezão, não fui dar conta de mim a Vmce do q tornei pa caza
[4]
como tãobem me dissi o estanquiro q athe dia de feira não tinha tabaco de caste algua darei conta a Vmce
[5]
o mais em q fallamos darei Reposta a Vmce sendo que eu bem sei que Vmce pa comigo sempre esta descomfiado
[6]
essa descomfianssa me fas a mim descomfiar mostrado eu tudo a Vmce a Vista dos olhos e obrando
[7]
eu o tenho obrado com Vmce como tãobem ca o tenho obrado com mais trabalho do que lla
[8]
he berdade que agora na minha mão esta o bozillis do seu Remedio todo pa o acabar de o por como dantes hera porque agora mando a Vmce todo o desemgano
[9]
Sabera Vmce mais que tem outra lanssa emcarada ao seu peito na mesma frga a coal amostrarei a Vmce a bista dos olhos claramte a vista dos olhos com toda a seguranssa porque pode Vmce emtender q não tebi corasão que falte a a menha pesoa sendo eu tão lial a sua pessoa
[10]
asim eu não torno a ser mais empertinente a sua pessoa
[11]
como a Desconfeansa he grande fequemos nos asim e se Vmce quer outra couza do meu fraco prestimo he com este partido que eu o Rellato a Vmce sem imfingisão alguma
[12]
Vmce deume seis mil e coatrosentos Reis pello meu trabalho e me dissi que me abia de dar mais tres moedas
[13]
eu sou como os pobres
[14]
tenho olho por aquillo q me pormetem
[15]
asim não quero as tres moeDas so sim quero mais huã moeDa de ouro e hua bestia preta que Vmce tem
[16]
querendo Vmce asim este pedido o mandara Vmce por joze da Silva em sagredo e por esta o porei e acabarei de por a pas e a Salvo
[17]
e o portador que trouger a emcomenda não me emtregue nada athe eu lhe fazer asinado de tudo o que me tem dado Vmce porque em que Vmce me dera a Renda de anno ahinda me não pasaba ballendolhe eu a sua bida depois de deos
[18]
não o quero molestar mais a Vmce
[19]
Vmce fara o que lhe parecer que eu não lhe ponho a espada nos peitos
[20]
oje seis de Dezoitubro de i e setesentos e sincoenta e dois a
[21]
deste seu criado e servo de Vmce
[22]
Domingos Rebello Da Silva
[23]
Cuide Vmce bem im ci e não cuide Vmce q he a carapata

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