O autor, lamentando-se da sua sina e de estar distante dos pais, implora pelas suas bênçãos e prepara-os para a receção de notícias menos afortunadas; descreve diversas peripécias por que passou desde que chegou ao Brasil, confessa ter desobedecido às ordens do pai e anuncia ter casado em Goiás.
[1] | que ceó e canpos dentro em mes e meio Eu
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feitó aRieiro des cavallos tocandos pondo
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[3] | lhe as cargas em sima e tirandolhos
punha pe
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[4] | lla minhão e tirava a noite pondo sellas e ti
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[5] | rando dos cavallos as cangalhas dos cavallos
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[6] | das cargas asim
finalmte vim todo o cami
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[7] | nhó
feito negor e mosó a cada estante Lem
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[8] | brandome da vezes
que vmce me manda
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[9] | va o cavallo ao estudo
pa Eu vir pa
caza
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[10] | e não querer vmce que Eu siquer chegase
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[11] | a tirar o ferio
do cavallo. e Eu por cá servin
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[12] | do a outrem tirando
sellas lavando cavallos
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[13] | e fazendo outras mtas
couzas as cuais as não
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[14] | manefesto por não lhe mortificar a
vmce e a sra
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[15] | Minha
Mai e como os trabalhos pa mim he que
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[16] | naserão que
rremedio tenho senão ter pasien
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[17] | cia já que os meos aRenegados pecados
asim
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[18] | o querem cumpeltei a viagem e vim quinze dias
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[19] | a pé discalsó e hiá
todos os dias no pasto buscar
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[20] | os cavallos do Pe
todos os dias pella minhão
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[21] | e a noité levallos com
mto Risco porque pellos
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[22] | canpos e matos avia huma
casta de jente
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[23] | por nome gaiapó que matão a
jenté com
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[24] | fershas e por estadas asim mesmo punha
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[25] | me a todo o Riscó e não tinha Remedio
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[26] | senão fazer a minha ubrigasão que
hera
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[27] | servir pois o Pe me vinha sustentamdo e
pa
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[28] | gando as pasajes nas canoas dos Rios e o mais
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[29] | gasto que
fazia commigo asim servio co
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que fose seu negor suposto que dispois semper
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