O autor suplica o perdão do destinatário. Pede-lhe que o castigue, sim, mas de uma maneira não pública. Está em causa a perseguição que o autor fez aos cristãos-novos de Argozelo.
[1] | me pode valler e ser agora rei ẽ
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[2] | tall oquassião q eu não fui sso q
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[3] | po gomes de izeda foi o agressor do
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[4] | odio cõ o jũiz d algusselo q eu não
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[5] | sabia allgusselo nen entrei nunqua
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[6] | nele mais q aquella noite q numqua
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[7] | entrara vejame cõ olhos de miseri
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[8] | cordia q mais serviço de dẽs sera favo
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[9] | reçerme nesta caussa q eixecutar a
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[10] | sentença e nisto tomarei a penitençia
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[11] | q Vm me der como fique eincu
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[12] | berta não enfado mais a Vm mais q
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[13] | fiquar rogando a dẽs pela vida e saude
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[14] | de Vm de izeda e criado de Vm oje 28 de março de 1620
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[15] | criado de vm
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[16] | Anto de crasto
e isto era chamandome eles fameliar
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[17] | sen me eu nomeiar por tall nen
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[18] | abri porta allgua nen prender ningen
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[19] | q o jũiz te cullpa cõ po gomez deste izeda
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[20] | que ele sabia as cassas e os nomes deles era
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[21] | o prençipall obra cõ ser judeu e como
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[22] | tais lhe derão a sua
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[23] | mula mas thome pis
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[24] | de vinhas dezia asi
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