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Maarten Janssen, 2014-

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1741. Carta de Francisco Álvares, cirurgião, para Diogo Álvares de Araújo Crespo, calceteiro.

SummaryO autor dá notícias ao destinatário sobre negócios comuns, acerta contas e pede quantia em dinheiro a remeter à mulher.
Author(s) Francisco Álvares
Addressee(s) Diogo Álvares de Araújo Crespo            
From Brasil, Rio de Janeiro
To Lisboa
Context

Processo relativo a Francisco Álvares, cirurgião de 36 anos de idade, natural das Caldas da Rainha, enviado para o Brasil pelo Concelho Ultramarino como meirinho das execuções do lugar de Caité, comarca de Sabará, bispado do Rio de Janeiro.

O réu foi acusado de bigamia por ter casado com Rosa Teresa de Jesus, natural da Bahia, estando viva a sua primeira mulher, Maria de Jesus, natural de Friúmes e moradora em Lisboa. A denúncia partiu de Inácio Duarte, oficial de latoeiro, natural do Porto, por ordem de André de Melo e Castro, Conde das Galveias e Governador da província de Minas Gerais. Preso a 24 de julho de 1743, Francisco Álvares foi condenado, em auto-da-fé de 21 de junho de 1744, a ser açoitado pelas ruas públicas da cidade e ainda a abjuração de leve suspeito na fé, a degredo para as galés de sua majestade por tempo de 5 anos, a instrução na fé, a penas e penitências espirituais e a pagamento de custas.

Support meia folha de papel dobrada, escrita no rosto dos dois fólios.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Collection Inquisição de Lisboa
Archival Reference Processo 12196
Folios 49r-v
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2312397
Socio-Historical Keywords Catarina Magro
Transcription Leonor Tavares
Contextualization Leonor Tavares
Standardization Catarina Magro
Transcription date2016

Page 49r > 49v

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Agora tambem faço, por dezejar saber novas de
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sua boa saude, a ql estimarei seja igoal ao seu deze
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jo pa dispor da q Ds me fas mce, o q for de seu maior
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gosto; Sr emqto a cartaz do reino, nem do sr Ma
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noel gls nem de ma caza tive the agora notas e sei q
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todos forão pa o rio das mortes, porem senpre es
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crevo como a vmce dise e mando a conta da despe
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za na forma q ajustamos: e agora com esta re
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meto a vmce a outra e nella vera vmce tudo o q he na
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verde tudo na forma q fallamos, e não achara vmce
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em nenhum tenpo o contrario; agora la se ave
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nha, q tudo fio de vm pois fico serto se á de com
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padeçer da minha gre pobreza; tambem espero
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da pessoa de vmce ávia socorer a minha caza com
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vinte mil ris remetidos ao do Porto pa emtregar
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a ma molher; Eu amigo e sr pello dito vieira avi
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zei a vm onde asisto pa vm me remeter as cartas
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tambem digo a vm q pa hir paçando emqto ha alguã
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couza q fazer fico em termos de vender o moleque
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mas veremos; aqui me falou o pequeno como ja disse
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agora me dizem fora em huã somacá ontem pa
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são Paullo, em compa de dous homés q vierão na
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frota; eu lhe pormeto saber a serteza do rumo q
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levou; e se me quizer mandar a ordem

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