PT | EN | ES

Main Menu


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

Sentence view

1821. Cópia de carta de Inácio José Brilhante, marchante, para seu irmão João Brilhante, marchante.

SummaryO autor presta contas ao irmão sobre o envio de um cavalo e a venda de uns bois. Pede resposta a carta anterior.
Author(s) Inácio José Brilhante
Addressee(s) João Brilhante            
From Portugal, Santarém
To Portugal, Feira, Oliveira de Azeméis
Context

Inácio José Brilhante acusou os seus irmãos mais novos, João Brilante e Francisco Brilhante, de terem roubado de uma quinta, na noite de 14 de abril de 1823, 41 cabeças de um gado bovino seu. Além do gado, teriam roubado 256 couros de boi, 191 peles de carneiro e 40 arrobas de lã. No entanto, o processo revelou-se muito mais complexo, já que os réus afirmaram que o gado era deles, bem como o negócio da marchanteria, sendo Inácio José apenas administrador. Este defendeu-se dizendo que era curador dos dois irmãos. As cartas aqui transcritas serviram de prova tanto para a acusação como para a defesa: a acusação afirmou que foram escritas quando os três ainda se relacionavam harmoniosamente, por isso nada provariam, nem confeririam títulos de propriedade. A defesa, por seu lado, alegou que nas cartas era notório que Inácio era um simples administrador das terras dos réus. O processo, que tem 375 fólios, durou de 1823 a 1825.

Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Collection Feitos Findos, Processos-Crime
Archival Reference Letra F, Maço 12, Número 18, Caixa 28, Caderno 1
Folios 333r-v
Socio-Historical Keywords Rita Marquilhas
Transcription Ana Rita Guilherme
Main Revision Rita Marquilhas
Contextualization Ana Rita Guilherme
Transcription date2007

Text: -


[1]
João, Santarem seis do corrente de mil oitocentos e vinte e hum,
[2]
Recebo a tua
[3]
vejo o teu contheudo, a que respondo.
[4]
A demanda está parada, e não se pode fazer o que fallamos,
[5]
ha de andar por força.
[6]
Os Bois huns pezão bem outros mál, mas tudo vai bem gracas a Deos.
[7]
O Cavallo ja te mandei dizer que o Francisco o tinha mandado buscar
[8]
e quando lh'o mandei hia como hum touro de gordo.
[9]
A pelle e as Seroulas te hiram ter.
[10]
Dizes que me não podes dizer o preço dos Bois porque não sabes os que eu tirei!
[11]
ignoro esse ditto, porque eu não tirei boi nenhum e recebi oito que me remeteste, e nam vi mais Bois
[12]
com que manda dizer porque quero fixar as contas do mez paçado e não posso
[13]
e no entanto conserva a saude
[14]
e sou teu Irmão: Ignacio:
[15]
Notta Bene: Quero resposta da que eu te escrevi o Correio paçado

Edit as listText viewWordcloudFacsimile viewManuscript line viewPageflow view