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Maarten Janssen, 2014-

PSCR0280

1642. Carta de frei Luís da Silva Coelho para Luís Lopes Leitão.

Autor(es)

Luís da Silva Coelho      

Destinatário(s)

Luís Lopes Leitão                        

Resumo

O autor denuncia o sucedido com o pajem de um familiar seu que se encontrava em sua casa.
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Soccedeome caso Em q me não sei resolver se tenho obrigação de dar conta delle ou não E por fiquar mais livre de Escrupullo me pareçeo comonicallo a Vm pa que sendo merecedor de ir a tribunal faça Vm o q lhe toqua E quoando lhe pareça a Vm que não me faça m avisar pa ficar com o animo queto E não vou pesoalmte por não causar sospeita o negocio E o seguinte Tenho nesta Caza doente JaCinto Teixra de mello fo de meu parente Gco Teixra Coelho trouxe cõsiguo este fidalguo pagem chamado frco TEixra E de dia destes atras Estando Eu na Cama me dise que Cle-riguo que aqui avia vindo o dia antes verme o avia Emcontrado E depois de lhe fazer mtos Comprimentos o quis levar a sua Caza E que Estava ali criado seu que lhe trazia Escrito que Eu o abrise E vise o que dizia tomei hum escrito E como o pe nelle significava intimo desejo a perpetuar amizade com o rapas diselhe que lhe respondese que não podia ir a sua Casa como Elle lhe pedia no mesmo escrito mas que lhe agradecia a m que lhe fazia Em querer ser seu amiguo pasarãose algũs dias E tornou o mesmo portador com outro Escrito E com corporal E o moço asi como o outro lho deu sem o abrir me emtregou Eu vi que desia o que tem pode ver delles que ambos vão com esta E vendo a proximidade que o pe tratava o moço pareceome mta a desigoaldade das idades E das colidades E oficios pa tanta familiaridade E disse ao moço que fose descortes E que não respondese E mandase o portador assim E pasados sinquo ou seis dias mais tornou o terceiro com recado de pallavras que seu amo Estava a porta de S Tiaguo que pedia que lhe fallase da genellas da galleria diseme o moço o que pasava diselhe Eu que Fose E Eu iria detras que queria ver o q detreminava o pe Em o moço Chegando ate nella veyose elle chegando E diselhe que elle fose a porta da rua disse Eu ao moço que fose E Emtrado Em mallicia que tudo isto ouve mister pa me pasar pello pensamento que homẽ desta terra ouvese de cometer semelhante imfamia dise ao rapas que se elle lhe cometese alguã cousa ou que fose a sua Casa que lhe disese que não podia que se elle quisese ir a noute a esta que dormindo Em aposento que esta na salla adonde não Entrava senão elle E que alli podião verse devagar asi o fes o moço E o pe aceitou a oferta E a noute dise Eu ao moço que se elle vise que o metese no aposento Em elle Emtrando fechase a porta por fora com a Chave E que ma trouxese veyo o pe E Exsecutou o moço o q Eu lhe tinha dito Deume a Chave E discorendo comigo sobre o que faria achei que por sacerdote E cura de almas não comvinha que tal caso se soubese nem Exsecutar nelle o a que me provocava o ver tal hacção mandeilhe abrir a porta E pello vir a aposento adonde estavamos meu sobrinho E Eu E alli lhe dise o que me pareceo lhe comvinha E mandeio Embora isto Como foi diante dos dos de quem se não pode ocultar rompeose do que he publiquo o pe se chama Anto d antas Barreto Vigro ou Reytor de S Eugenia Vm disponha neste Caso como lhe parecer como gde Ds a Vm De Casa 22 de 8bro 1642

Fr Luis da Sylva Coelho

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