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Maarten Janssen, 2014-

PSCR1389

1656. Carta de Dom Álvaro Manuel de Noronha, Senhor de Tancos, Asseiceira e Águias, para destinatário não identificado.

Author(s) D. Álvaro Manuel de Noronha      
Addressee(s) Anónimo378      
In English

Request letter from Dom Francisco Manuel de Melo, a noble man, to Baltazar Teles, a Jesuit.

The author, who is writing from Ancona in Italy, asks the addressee to use his influence in Portugal and intervene on behalf of him and of a third party. He also complains about his misery in the Italian exile.

The defendant in these proceedings was a noble man, Dom Álvaro Manuel de Noronha, who had presented himself to the Inquisition for sodomy guilt and had received an Italian exile in 1651. In 1664 he returned to Portugal with a pardon from the Pope and a letter of recommendation from Dom Francisco Manuel de Melo, an important figure in the Portuguese political, military and literary history.

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Duas resebi de vm huma por via de fransico velho e otra nesta posta q não sei donde esteve metida tanto tenpo a q veo pela via do padre da conpanhia porq anbans me mandou o porta letra. esta desta posta me dexa ben mortificado pois não poso falar con vm q por carta não se fia tudo logo resgei a q vm me mandou pelo risco de a perder, eu fico escrevendo devagar a meu cunhado e enviarei as cartas a vm pera lhas enviar. estimara eu mto q camillo capeli se for q fale com aquela gente do rosio quando estiveren todos juntos com huma pitisam q alixandre pascali a mto tenpo q anda por estas partes e esta doente e con toses lhe pede lisensa pera se poder ir, este he o prinsipal negosio q se pode la fazer ho q lhe limitem tenpo porq seu cunhado não lhe manda con q se posa sustentar, ho obrigem o dito cunhado lhe mande sen escudos de ouro pera cada mes mas sera melhor aver orden pera se ir isto he tocante ao negosio. do q padeso agora darei conta a vm como maior amigo q tenho e senpre dezejei servir lo pela carta q lhe mandei tradozise entedera o como esta este omen rexeluto e nesta posta tive huma pior e a minha gente me aviza de veneza o mal q lhe acode e q padese e creo q de desgosto me moreo a minha negra q com tanto gosto a mandei buscar do q estou ben sentido a pa q o disgosto me não mate a mi e me não saia de ancona como me sai, ja de rroma se bem este mercante ainda este mes me pagou não sei o q podera fazer se vm achar pesoa nesa parte que me enpreste seissentos escudos farei procurasam a camillo capeli pera me vender sen mil reis de juro en portugal e não se canse vm en traduzir a carta q en man propia se pode dar dizendo o q ei pasado e o q me a sosedido esa carta me fasa vm m de a dar ao snor enbaxador e se me responder vm me mande a resposta a ancona sen nome suposto D baltezar se fora nesta enbarcacam q esta a carga en liorne se tivera orden de o poder mandar mas não ten dinheiro pera q posa fazer corentia, e enbarcarse vm me de algumas novas porq se dis q he levantado o reino de aregam e desa caria tanben como esta da peste q serto q não podia vir en pior tenpo Des a queira livrar e dar a vm mta saude eu fico com ela pera o serviso de vm e lhe peso me não falte com novas suas q so elas me aliviam e as creio e creame vm q dispois q estou neste lugar não paso hun dia alegre cudando o q me pudia fazer este ome en rroma o faltarme con as mezadas como oje me ameasa serto tinha o morer de paxam e asi vm me disculpe com o snor enbaxador e lhe so me fique meu dezejo e deste lugar me partirei como en veneza deren pratica porq me não meto a fazer viazem porq não me bastea o animo estar corenta dias en lazareto porq de malenconia morerei vm escreva ao framengo como quen lhe da por nova e lhe diga q o noso enbaxador enformado q cazava eu en veneza me mandara notificar q não cazase fora do reino sen orden d el rei e dentro en dois anos me fose a portugal se isto não prejodicar a vm peso o fasa porq me serve de grande otilidade gde Des a vm ancona 20 de agosto de 656 a carta vai aberta lea vm e serea

Clo. de vm D Alvaro Mel de nra

Legenda:

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