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Sapeira, excerto 2
Text: -
INF Então, por exemplos, isto agora aqui, por exemplos, era uma terra que estava deserta, não é?
A primeira coisa que a gente fazia nisto era agarrar numa máquina – agora, que dantes era tudo à mão do homem, não era? –; mas agarrar numa máquina e romper a terra, aí um metro de profundidade – está o senhor a compreender? –, um metro de profundidade.
E Em depois, naquele ano, ficava assim.
Quando era no, no segundo Que era para ver se deitava mais algumas ervas bravas, algumas coisas para, sim, para a terra ficar mansa, por completamente irrompida, assim barrada, como lhe chamam, não é?…
E de forma que, depois, quando era para o ano, aí ao São Miguel, ao São Miguel, aí à em Fevereiro, agora neste tempo, mais ou menos, Fevereiro, Março, é que ele [pausa] ia outra máquina – outra máquina ou à mão [vocalização] – abria-se outra vala, tudo assim alinhado e [vocalização] plantava-se o o bacelo, como a gente lhe chama, o bacelo.
O bacelo é aquela [pausa] par- aquela [vocalização], sim, aque- aquele coiso, [vocalização] aquela planta que [vocalização] que é brava, não é?
É o produtor directo, como a gente lhe chama.
Não é bem o produtor directo.
E de forma que depois aquilo é enxertado.
Ao fim de dois anos ou até – algumas até dão enxertia logo naquele ano –, se elas agarrarem bem, quando é naquele ano, dão enxertias.
E há também quem faça o seguinte:
há quem [vocalização] quem faça a coisa,
e põe já tudo já em manso.
Também há quem faça essa coisa.
Mas eu encontro que aquilo em bravo que é melhor porque fica mais arreigado e é e a cepa dura mais tempo.
Dura mais tempo porque fica logo mais…
o bravo é mais resistente do que é o manso
[pausa] e aguenta-se mais com a sede.
Aguenta-se mais com tudo.
E depois, como a raiz é brava e o, e a e a cepa é mansa, está a compreender, assim é que é que dá mais resultado.
Pelo menos, aqui, faz-se isso assim.
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