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Sapeira, excerto 14
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Pois Depois, com uma grade, uma grade de facas.
As primeiras que apareceram eram de [vocalização] de madeira, com facas de madeira.
E agora são as facas de ferro.
E hoje, então, há já as coisas melhores, que é uma fresa, [pausa] puxada com um tractor, não é?
INF Isso, então, isso é que é a coisa melhor para, para para partir.
INF Isso é que anda é mais depressa e [vocalização] mais perfeito, não é?
É a tal grade com facas [pausa] de ferro – de ferro ou madeira.
INF [vocalização] Pousio.
Ainda hoje se chama pousio.
Há, por exemplos, há tapadas…
Dantes as tapadas eram feitas só de quatro em quatro anos.
Era mesmo uma tapada mesmo…
Quando o senhorio [pausa] arrendava uma propriedade dessas, era mesmo com o trato de ser [vocalização] feita – chamava-lhe a gente fazê-la – só de quatro em quatro anos.
O [vocalização] primeiro ano [pausa] era de alqueive.
Era esse alqueive que a gente lavra e que a gente faz essa coisa.
E o segundo ano [pausa] era de seara;
em e depois era de relva para pastagem para o gado.
Porque dantes [vocalização] era ao contrário;
dantes, havia muito quem trabalhasse
e portanto metia aqueles preceitos.
Hoje, quem arrenda uma propriedade é logo com o trato de de arranjar o mais depressa possível,
porque estão mesmo abandonadas.
E dantes, até não deixavam trabalhar tanto.
INF Não deixavam por causa de não cansar as terras.
INF [vocalização] Aqui Aqui, na nossa zona, constava-se – mas isso eu não tenho a certeza [pausa] – [vocalização] que o prado [pausa] que era do povo.
Em depois, vieram os uns ingleses,
e [vocalização] puseram uns marcos e paredes
e apanharam aquilo tudo ao povo.
mas isso eu, ao certo, não sei.
Mas já tenho ouvido dizer isso até ao.
Eu ouvi ouvia falar nisso ao meu pai.
INF E tenho ouvido falar até a mais pessoas.
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