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Sapeira, excerto 31

LocalidadeSapeira (Castelo de Vide, Portalegre)
AssuntoO terreno; configuração e constituição
Informante(s) Alberto

Text: -


[1]
INF Eu, este ano, até pus a minha vinha no seguro,
[2]
mas aquilo é muita caro.
[3]
Aquilo fica mesmo muito caro.
[4]
Vai-se a ver que, ao ao fim e ao cabo, em depois, aquilo, também, que se um azar qualquer, que se queima, eles pagam por para [vocalização] destruição de [vocalização] de trovoadas ou assim dessa coisa ou, então, queimas [pausa] com a geada.
[5]
Mas, em depois, aquilo para pagarem qualquer coisa,
[6]
INF aquilo é um aquilo é um cabo dos trabalhos.
[7]
Logo a primeira, a [vocalização] gente chega ali Por exemplos, uma vinha é queimada hoje com numa noite de geada, queima-se a vinha toda, como a minha se queimou dois anos; foi toda queimada; aquilo ficou completamente destruído, está a compreender? ,
[8]
mas se tiver, se, ao fim de quinze dias, começa a rebentar outra vez.
[9]
E depois chegam o [vocalização] os indivíduos a ver os técnicos , a ver aquilo,
[10]
vêem aquilo a rebentar,
[11]
mas não dizem logo que [pausa] que aquilo que nunca mais nada.
[12]
É que as batatas e a vinha que se me queimou dois anos, ela deitou muita rama ainda,
[13]
mas o que é que não deitou fruto mesmo as batatas e tudo, está a compreender?
[14]
E, depois chegam:
[15]
"Ah, então o que é que você quer?
[16]
Então, isto está tudo verdinho",
[17]
está tudo assim,
[18]
está tudo assado, e tal e coiso.
[19]
Mas é que o fruto é que abalou, está a compreender?
[20]
E portanto, ao fim e ao cabo, mesmo aqueles que dois anos tinham as colheitas na no seguro, pouco lhe deram ou quase nada.
[21]
Não deu quase para o trabalho de andarem com essa coisa.

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