Representação em frases

Castelo de Vide, excerto 42

LocalidadeCastelo de Vide (Castelo de Vide, Portalegre)
AssuntoAs alfaias agrícolas
Informante(s) Albino
InquéritoALEPG
Ano do inquérito1983
TranscriçãoCatarina Magro
RevisãoMaria Lobo
Anotação POSSandra Pereira
Anotação sintáticaCatarina Magro
LematizaçãoDiana Reis

Texto: -


[1]
INF [vocalização] O próprio eixo [pausa] das carretas essas antigas
[2]
Que eu lembro-me disso, ainda.
[3]
Mal é,
[4]
mas ainda me lembro.
[5]
Ainda vi algumas três ou quatro carretas dessas a trabalhar.
[6]
E então o eixo, por exemplo, era isto;
[7]
suponhamos que era isto, o eixo.
[8]
[vocalização] E então isto aqui é o o batente.
[9]
O eixo vinha assim.
[10]
Vinha assim.
[11]
Vinha assim aspirado à ponta.
[12]
Tudo em madeira.
[13]
E então, quer dizer, era assim uma parte agu- aguda,
[14]
mas aquilo era um madeiro [vocalização] enorme.
[15]
E então, quer dizer, isto metia na roda.
[16]
e E assim é que é,
[17]
mas aquilo era um chiadeiro enorme.
[18]
Quer dizer, era assim aspirado que era por causa de ter aqui grossura para se aguentar.
[19]
Mas em depois, aquilo era [vocalização], é claro, era era preciso andar-lhe sempre a deitar toucinho.
[20]
E [vocalização] até os [vocalização] os homenzitos trabalhavam com os carros
[21]
[pausa] e diziam: " [vocalização] O amaldiçoado carro come mais [vocalização] toucinho do que eu"!
[22]
E então os gajos, volta e meia, não se queria saber do chiadeiro:
[23]
"Deixa chiar para ,
[24]
que o raio que partem o carro"!
[25]
E assim é que era.

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