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Castelo de Vide, excerto 46

LocalidadeCastelo de Vide (Castelo de Vide, Portalegre)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Albino

Text: -

[1]
INF Passa-se-me cada uma também interessante.
[2]
[vocalização] Chega-me aí um senhor [pausa] a rogar-me parafusos e fusos de carroça.
[3]
Digo: "Olha, então isso está já agora por aí acabado.
[4]
Como é que é"?
[5]
Mas o senhor era tão delicado!
[6]
Que era da da Ponte de Sôr.
[7]
E o homem diz assim: " [vocalização] Oh diacho, então venho cá acima e nu- e o senhor não me fica com coisa nenhuma"? e tal.
[8]
Digo-lhe Digo: "Ouça lá, então o senhor mande-me lá vir uma, uma uma caixa de de fusos", e tal.
[9]
E diz o homem assim: "Sim senhora, isso é já".
[10]
Bem, é já,
[11]
mas aquilo veio mais depressa que o que eu julgava.
[12]
Manda-me aquilo pelo Caminho de Ferro.
[13]
Eu Uma caixa tão pequena!
[14]
Mas nunca calculei que o homem que…
[15]
E ainda fui ali algumas duas vezes à Central procurar por a, por por a encomenda – por a, por a, por a por a encomenda dos fusos.
[16]
Afinal, dá-se o caso…
[17]
E [vocalização] dizia-me assim o [vocalização] o homem da Central: "Não,
[18]
não há lá nada, amigo Albino,
[19]
não há lá nada".
[20]
Não há Ele não há lá nada,
[21]
mas havia!
[22]
Paguei cento e setenta escudos de de estar lá uma coisa tão pequena, uma caixinha assim, de estar lá só, parece-me, cinco ou seis dias.
[23]
Digo assim: "Olha [vocalização] já me abala.
[24]
Jurei de nunca mais"!
[25]
Com um ca- Têm custado a gastar.
[26]
Eu vou-os gastando assim, agora…

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