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Alvor, excerto 51

LocalidadeAlvor (Portimão, Faro)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Ápio

Text: -


[1]
INF E antes disso,
[2]
diziam que na Quinta da Rocha apareceu [pausa] uma coisa quando os homens andavam na [vocalização] nos [nome] , apareceu uma coisa rente à borda de água, um raio jogou-se ao mar atrás deles, que eles fugiram com medo.
[3]
Havia um mês ou alguns quinze dias.
[4]
[pausa] E a gente [pausa] assustado.
[5]
Diz o meu avô assim: "Não tenhas medo, homem!
[6]
Também és medroso!
[7]
Olha que aquilo é um lontro".
[8]
Que era para eu não ter medo.
[9]
Digo eu assim: "Não [vocalização].
[10]
Eu, um lontro ouço dizer que é do tamanho de um canito pequeno
[11]
e aquilo é tão grande"!
[12]
Eh,
[13]
aquela coisa surgiu outra vez, deu aqueles longos urros
[14]
[pausa] e, para se saber que não era lontro, ardeu [pausa] uma chama de fogo [pausa] encarnado!
[15]
Agora é que eu não me lembro se era encarnado no princípio, se foi verde no princípio.
[16]
Mas não tenho é bem a certeza.
[17]
Mas parece-me que foi encarnado no princípio.
[18]
[pausa] E depois foi verde.
[19]
Tal e qual uma festa, quando se faz aquelas chamas, uma labareda de fogo a arder, a praia a arder em chama, em faíscas, [pausa] e depois fez-se em verde.
[20]
E o meu avô diz assim: "Eh rapaz, dá-me fogo"!
[21]
E eu olhei para ele:
[22]
"Ó senhor,
[23]
tenha juízo, tenha vergonha.
[24]
O que é que vossemecê está fazendo"?
[25]
"Dá-me fogo para eu acender o cigarro".
[26]
[pausa] E mais tarde é que me diz: "Ápio, aquilo é uma alma perdida"!

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