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Cabeço de Vide, excerto 3

LocalidadeCabeço de Vide (Fronteira, Portalegre)
AssuntoA agricultura
Informante(s) André

Text: -

[1]
INF Agora nesta [vocalização] nesta época não se usa a enxertia.
[2]
Mas está ali aquela árvore que está enxertada,
[3]
não vê?
[4]
INF Aquela árvore, aquilo é uma ma- maceira-reineta.
[5]
Em baixo era pereira – mas não se disse além –
[6]
e eu [vocalização] enxertei aquilo em em maçã-reineta.
[7]
Ela cresceu muito
[8]
[pausa] e formou, e tal,
[9]
mas a maçã-reineta aqui não se dá.
[10]
E a fruta que dá [pausa] é bichosa.
[11]
E então, como é bichosa [pausa] e pouca, eu modifiquei-a.
[12]
Além [pausa] tem garfos de pera-rocha.
[13]
Os garfos que estão além é pera-rocha.
[14]
[vocalização] Os golpes deixam que que se fazem em qualquer árvore, [vocalização] há pessoas que deixam ficar dois dedos, ou uma coisa assim, o golpe mais alto.
[15]
Minha Não senhora, o golpe deve-se a fazer sempre [pausa] assente dentro duma norma que [vocalização] para não ficar nem alto demais, nem baixo demais.
[16]
Porque se for de baixo demais também não não dá o resultado.
[17]
Aqui está um bacelo bem pequenino.
[18]
Ali.
[19]
INF Aquilo foi tirado as medidas com uma com um compasso [pausa] natural.
[20]
Meti um garfo de de uva-dona-maria [pausa] num bacelo que ali pus, bravo –
[21]
não se disse aí? –
[22]
que é para tirar esta para tirar esta parreira daqui, quando aquela começar a dar uvas.
[23]
INF É preciso a gente…
[24]
INF [vocalização] O [vocalização] Na limpeza das oliveiras…
[25]
A gente pode chegar ali mais abaixo,
[26]
que é para lhe eu mostrar [pausa] o coiso.

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