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Cedros, excerto 15

LocalidadeCedros (Horta, Horta)
AssuntoO porco e a matança
Informante(s) Joana

Text: -


[1]
INF Não.
[2]
Era costume era na véspera de matar não lhe dar comer nenhum.
[3]
INF Na véspera de matar não se deitava nada
[4]
que era para ter menos que despejar as as tripas.
[5]
[vocalização] O tratar O tratar dos porcos, pois, se , havia pessoas mais abastadas,
[6]
havia pessoas menos abastadas,
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havia pessoas que tinham muita dificuldade porque mal cultivavam milho para comer.
[8]
[vocalização] Os porcos o que é que comiam?
[9]
Comiam as lavaduras de casa.
[10]
[vocalização] Depois de te- haver essas fábricas, [pausa] muita gente ia buscar uma coisinha de soro,
[11]
mas não era esta avalanche de soro que se usa hoje.
[12]
Até que quando foi fundada a cooperativa, as pesso-, [vocalização] passavam juntavam o leite da parte da manhã
[13]
e da parte da tarde distribuíam o soro pelas pelas portas, pelas casas dos sócios.
[14]
[vocalização] Até que era interessante:
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a carroça guinchava nas ladeiras,
[16]
e os porcos estavam no curral
[17]
e ouviam guinchar a carroça
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e começavam a gritar ele com o sentido no soro.
[19]
Ele gostavam muito do soro.
[20]
Mas não usavam soro nos por- nos porcos como agora.
[21]
E até que quando era o porco do Natal, nem gostavam de deitar soro aos porcos,
[22]
que diziam que aquilo que não fazia bom conduto.
[23]
Também não era verdade,
[24]
mas tinham essa mania.
[25]
Portanto, tratava-se os porcos com as lavaduras de casa, [pausa] batata branca miúda, partida, quando tinha.
[26]
E então toda a gente cultivava um bocado de terra de batata-doce,
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que era a batata-doce para engordar o porco.
[28]
INF Não.
[29]
INF A beterraba, usa-se beterraba aqui muito poucos anos.
[30]
[pausa] E pouca gente usa beterraba.
[31]
[vocalização] Aqui a beterraba não é uma coi- não é uma cultura que seja muito vulgar.
[32]
[vocalização] Pois havia pessoas que deitavam meio alqueire de milho aos porcos para para o Natal quem tinha dois porcos,
[33]
mas uma quarta era normal.
[34]
Mas também havia muitos que deitavam um punhadinho porque não podiam deitar mais.
[35]
Porque lhe ia fazer falta [vocalização] para para pão.

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