Representação em frases

Cedros, excerto 39

LocalidadeCedros (Horta, Horta)
AssuntoA criação de gado
Informante(s) Joana Jaqueline

Texto: -


[1]
INF1 Também se diz que estava de barriga cheia.
[2]
Mas a [vocalização] o remoer, um pormenor do mo- do remoer
[3]
Porque antigamente as pessoas, não havia veterinários,
[4]
as pessoas não usavam medé- médicos,
[5]
não tinham medicina.
[6]
Mas quando a vaca aparentava doente, deixava de remoer.
[7]
Sinal de doença é a vaca não remoer.
[8]
INF1 E ia-se aos curiosos, pessoas que tinham [vocalização] uma certa habilidade, uma certa um certo conhecimento e receitavam remédios de [vocalização] caseiros: chás de ervas, aguardente de arrúdia feita com chás de marcela, de nêveda, de poejo.
[9]
Havia vacas constipadas havia
[10]
INF2 Os galhos frios também era
[11]
INF1 O galho frio também era um m-, um dos das maneiras de de, de dia- diagnosticar a doença.
[12]
que a vaca dava sinal de melhorar de melhoras quando começava a remoer, quando voltava a remoer.
[13]
INF1 Estrume ou bosta.
[14]
INF1 Sim.
[15]
[vocalização] Está O gado, quando estão em casa, a gente chama a rua do esterco.
[16]
Portanto, havia [vocalização]
[17]
INF1 Na rua.
[18]
Tem Tem a cova do gado.
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INF1 Chama-se a cova do gado
[20]
e todos os dias, ou de manhã ou à noite, eles limpam a cova,
[21]
deitam fora na rua,
[22]
e aquele esterco fica ali a curtir
[23]
chama-se o esterco ,
[24]
porque eles fazem cama com toro com o toro do milho, com mondas
[25]
E aquilo fica ali a curtir para depois quando as terras estão despejadas se estrumar as terras, deitar ester- esterco na terra.
[26]
INF1 Depende.
[27]
[vocalização] Quando os [vocalização] o porco fica perto da rua do esterco, pois, como é o nosso, no meu caso, tanto se deita o esterco da vaca como se deita o esterco do porco.
[28]
Mas quando ficava mais distanciado [vocalização]
[29]
Antes também se fazia cama aos porcos,
[30]
também se serrava toros nos palh nos currais.
[31]
INF1 Agora normalmente os currais todos são acimentados,
[32]
são é lavados
[33]
e não se faz estrume,
[34]
não se aproveita o estrume do porco.
[35]
Aproveita-se mais a urina do porco do que o estrume.
[36]
Porque quando o estru- quando o curral é lavado, desfaz aquele esterco do porco,
[37]
e torna-se num líquido
[38]
e as pessoas também estrumam as terras com a urina do porco.
[39]
INF1 Mas mais perto.
[40]
Não Não é transportado para terras longe.

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