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Cedros, excerto 39

LocationCedros (Horta, Horta)
SubjectA criação de gado
Informant(s) Joana Jaqueline
SurveyALEPG
Survey year1977
Interviewer(s)João Saramago
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF1 Também se diz que estava de barriga cheia.
[2]
Mas a [vocalização] o remoer, um pormenor do mo- do remoer
[3]
Porque antigamente as pessoas, não havia veterinários,
[4]
as pessoas não usavam medé- médicos,
[5]
não tinham medicina.
[6]
Mas quando a vaca aparentava doente, deixava de remoer.
[7]
Sinal de doença é a vaca não remoer.
[8]
INF1 E ia-se aos curiosos, pessoas que tinham [vocalização] uma certa habilidade, uma certa um certo conhecimento e receitavam remédios de [vocalização] caseiros: chás de ervas, aguardente de arrúdia feita com chás de marcela, de nêveda, de poejo.
[9]
Havia vacas constipadas havia
[10]
INF2 Os galhos frios também era
[11]
INF1 O galho frio também era um m-, um dos das maneiras de de, de dia- diagnosticar a doença.
[12]
que a vaca dava sinal de melhorar de melhoras quando começava a remoer, quando voltava a remoer.
[13]
INF1 Estrume ou bosta.
[14]
INF1 Sim.
[15]
[vocalização] Está O gado, quando estão em casa, a gente chama a rua do esterco.
[16]
Portanto, havia [vocalização]
[17]
INF1 Na rua.
[18]
Tem Tem a cova do gado.
[19]
INF1 Chama-se a cova do gado
[20]
e todos os dias, ou de manhã ou à noite, eles limpam a cova,
[21]
deitam fora na rua,
[22]
e aquele esterco fica ali a curtir
[23]
chama-se o esterco ,
[24]
porque eles fazem cama com toro com o toro do milho, com mondas
[25]
E aquilo fica ali a curtir para depois quando as terras estão despejadas se estrumar as terras, deitar ester- esterco na terra.
[26]
INF1 Depende.
[27]
[vocalização] Quando os [vocalização] o porco fica perto da rua do esterco, pois, como é o nosso, no meu caso, tanto se deita o esterco da vaca como se deita o esterco do porco.
[28]
Mas quando ficava mais distanciado [vocalização]
[29]
Antes também se fazia cama aos porcos,
[30]
também se serrava toros nos palh nos currais.
[31]
INF1 Agora normalmente os currais todos são acimentados,
[32]
são é lavados
[33]
e não se faz estrume,
[34]
não se aproveita o estrume do porco.
[35]
Aproveita-se mais a urina do porco do que o estrume.
[36]
Porque quando o estru- quando o curral é lavado, desfaz aquele esterco do porco,
[37]
e torna-se num líquido
[38]
e as pessoas também estrumam as terras com a urina do porco.
[39]
INF1 Mas mais perto.
[40]
Não Não é transportado para terras longe.

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