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Ribeira Seca, excerto 37

LocalidadeRibeira Seca (Calheta, Angra do Heroísmo)
AssuntoO cesteiro
Informante(s) Heraclides

Text: -


[1]
INF Aquilo chamavam-lhe os poços de linho.
[2]
Poço de linho.
[3]
Porque aquilo era ao da ribeira
[4]
e [vocalização] e tinha um modo de encanar para uma tanta água, a água que queriam.
[5]
INF E depois aquilo era dividido por vários poços.
[6]
[pausa] Enchiam um
[7]
E eu tinha uns que não vedavam bem.
[8]
Tinha que ter sempre uma co- pinguita de água a correr.
[9]
Era pouca,
[10]
depois de estar cheio, era para ir aguentando.
[11]
Agora aquelas que vedavam, enchiam-nos
[12]
e [vocalização] e, às vezes
[13]
Mas iam de vez em quando ver,
[14]
porque, às vezes, havia algum maldoso que que sabia os que não vedavam
[15]
e tapavam a água para ela para ela secar.
[16]
INF sempre houve Toda a vida houve quem fizesse bem e mal!
[17]
INF Eram os poços do linho.
[18]
INF [vocalização] Ele quando não era no tempo do linho, às vezes, quando era vimes que queriam fazer cestos mas estavam muito secos, que os queriam botar de molho, iam-nos botar.
[19]
E eles, às vezes, estavam meio arcados no que tinham secado, tinham arcado ,
[20]
e eles botavam com aquela giga pelo ar,
[21]
e apertavam-nos para baixo,
[22]
e botavam-lhe umas pedras grandes em cima.
[23]
INF [vocalização] Faziam isto antes de botar água a correr para .
[24]
INF E depois é que botavam a água a correr
[25]
e estava para ali uns dias.
[26]
Quando lhe pareciam que eles que haviam de estar a modo, iam experimentar.
[27]
[pausa] Metiam a mão
[28]
e experimentavam o vime a ver se se ele não quebrava.
[29]
INF Estava a modo de fazer os cestos.
[30]
Mas os traziam quando viam que que podiam ou ou tinham quem lhe fizesse os cestos, para não os deixar secar outra vez.
[31]
INF Mas tinham que os deixar enxugar,
[32]
porque eles alagados conforme vinham de , escorregavam muito.
[33]
INF Não Não conseguiam fazer os cestos.

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