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Covo, excerto 16

LocalidadeCovo (Vale de Cambra, Aveiro)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Arquibaldo

Text: -


[1]
INF Olhe que o Salazar no tempo que eu estava em Lisboa ,
[2]
o Salazar [vocalização] eu trabalhava na CUF e depois ele pagou pagou à companhia , pagou um dia para a gente vir ao Terreiro do Paço a um comício,
[3]
INF um que ele fez.
[4]
E sabe o que ele disse?
[5]
Em cada, quem traba-, que, os Cada fabrico levava uma bandeira.
[6]
E eu calhou-me a levar a levar-lhe a bandeira do sulfato de cobre.
[7]
E depois [vocalização], ele veio à varanda
[8]
e disse: "Povo, trabalhai
[9]
que eu também trabalho".
[10]
O Salazar!
[11]
"E se vocês puder remediar sem tra-, sem sem trabalhar, sem agricultura, fazeis bem.
[12]
Mas se vocês logo se virem naufragados, agarrai-vos à terra".
[13]
INF está.
[14]
, [pausa] Isto um dia, você lembre-se que não é no meu tempo,
[15]
porque eu [pausa] eu estou no fim da vida ,
[16]
mas um dia as senhoras ainda hão-de ver que o povo ainda se há-de agarrar à terra
[17]
ou há-de morrer de fome.

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