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Vila do Corvo, excerto 37

LocationVila do Corvo (Corvo, Horta)
SubjectErvas, arbustos e flores
Informant(s) Feliciano Florinda
SurveyALEPG
Survey year1979
Interviewer(s)Gabriela Vitorino João Saramago
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationSandra Pereira Márcia Bolrinha
LemmatizationMárcia Bolrinha

Text: -


[1]
INF1 Não, a gente o que temos agora para fazer baraços ba- o que se chama baraços é espadana.
[2]
INF1 Espadana.
[3]
INF1 Ah, também nunca houve aqui.
[4]
INF1 Homem, talvez!
[5]
Talvez.
[6]
Talvez houve.
[7]
[pausa] Então e em que é que usavam isso?
[8]
INF2 O quê?
[9]
INF1 Ele fig- figueira infernal, ou não sei como é que lhe chamavam.
[10]
INF2 Não sei.
[11]
INF1 Não, eu vi!
[12]
Até davam um [vocalização] umas maçanetazinhas assim ele sobre o compridinho.
[13]
Compa- Comparadas com o limão, mas eram mais pequeninas.
[14]
E elas botavam [vocalização] uns picos.
[15]
Agora [pausa] eu não sei em que é que utilizavam isso.
[16]
Isso era para para certos remédios.
[17]
Não sei para que é.
[18]
INF1 Aqui em baixo.
[19]
Era ele nestas terras aqui de baixo.
[20]
As mulheres é que cultivavam isso, nas terras aqui em baixo, ao das paredes.
[21]
INF1 Não senhora.
[22]
Não sei.
[23]
INF1 Usavam.
[24]
E em nossa casa nunca se usou isso.
[25]
Porque não via
[26]
nem a minha avó nem a minha mãe [pausa] cultivar isso.
[27]
Mas havia nalgumas terras para trás, nestas terras daqui debaixo.
[28]
Uma coisinha, ele ela crescia por esta altura, mais ou menos,
[29]
[pausa] e dava então umas maçanetazinhas com uns picos.

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