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Vila do Corvo, excerto 50
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INF1 Aquilo o pai deu-lhe uma adoeceu
e meteu-se a caminho na cama.
Ele tinha tanto medo do frio que ele pendurava um ati- um fio de linha na no tirante a ver se o fio…
Ele até o buraco da fechadura [vocalização] artilhava para para não apanhar vento.
INF1 É que [vocalização] Era aquela cisma que tinha de, de não haver nenhum.
Ele deitava o fio para ver se havia vento que abanasse.
Se havia um pouco de vento, ele vento não queria!
INF2 E os filhos Os filhos padeceram, coitadinhos, pequeninos.
Ele seis filhos pequeninos e uma amante!…
INF1 Olha, foi a caminho ,
a minha tia Gabriela é que mudava o arado ela era quem …
INF1 Tão novo e tão fraquinho que não podia com o arado!
Assim quando os bois pastravam na pastradura, ele botava o rabo do arado aqui ao ao ombro
Não podia com ele na mão.
Que a gente aqui pega-lhe na na mão.
Mas ele era tão fraco e tão novo que era ao ombro.
e o arado tem que dir com os bois.
Por aí padeceram muitos .
INF2 O teu irmão ainda foi um.
INF1 Então, o Filomeno foi para o Brasil.
INF2 Sim, eles eram três irmãos e três irmãs.
Era só minha tia Gabriela.
Era de ma- Para mim, era Gabriela, só uma.
INF2 Não havia também uma Georgina?
[pausa] Eu pensava que eram seis.
Eram [vocalização] quatro!
[pausa] Três machos e uma fêmea.
[pausa] E acho que ele esse do Brasil teve sete filhos.
[pausa] Eles já foram visitar os nossos
e os [vocalização] e os nossos nunca foram lá.
[pausa] Estão lá numa parte do Brasil,
INF2 Esse Esse Filomeno parece que o estou eu vendo,
Não sei o exame [vocalização] [pausa] que que estudo é que teve,
mas [vocalização] fez exame.
INF2 O padre [vocalização] Um padre que estava aí é que é que foi o professor deles.
Prometeu-lhe um peso aos que mais soubessem.
Ora ele um peso, nesse tempo, [pausa] era muito dinheiro.
conta que talvez sabes melhor do que eu.
INF2 Ele o padre prometia o peso,
e [vocalização] no dia do exame vai o pai do Felício para a para a escola.
A escola era no Outeiro, naquela casa onde que fica com a porta virada lá para, para para leste.
[pausa] O padre lá bota os rapazinhos a ler,
[pausa] estiveram escrevendo um ditado.
[vocalização] Não sei agora que erros é que tiveram.
Não sei se tiveram muitos erros.
Isso agora é melhor não falar.
Passa uma conta a cada um deles.
[pausa] Lá vai um a mostrar a conta,
dá-lhe um um traço na na conta,
Vai outro, [pausa] outro traço
Diz que ele que era pequenino, mais pequenino que os outros.
Estava fazendo a sua conta [pausa] lá e a marcar.
[vocalização] Ora, ele já estava ele pegando lume de ele estar só a olhar para a [pausa] para o ar.
E os outros iam mostrar as suas pedras,
ele pensava agora que os outros iriam mostrar a [vocalização] ao professor que já eles estavam estavam sábios.
Lá quando lhe pareceu, já [pausa] zangado como uma gata, larga-se para casa.
e pega com a mãe: "Ele é um doido!
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