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Castro Laboreiro, excerto 16

LocalidadeCastro Laboreiro (Melgaço, Viana do Castelo)
AssuntoA vida humana
Informante(s) Alarico Albertina

Text: -


[1]
INF1 Isto é outra história.
[2]
Que aqui havia uma história, que diziam os antigos, aqui, na nossa zona
[3]
para as [vocalização] Sim, [vocalização] onde [vocalização] a senhora nasceu ou onde estão a viver não será assim.
[4]
Mas diziam que as crianças que nascessem de oito meses, naquele tempo, que não,, [pausa] que, que, que, que não que não não viviam, que morriam.
[5]
INF2 Nós dizíamos
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INF1 [vocalização] A criança com oito meses
[7]
Com sete, sim,
[8]
mas oito, não.
[9]
Diziam os antigos.
[10]
E, quer ver, os nossos netos, é ao contrário.
[11]
Os nossos netos, [pausa] os primeiros dois rapazes que lhe nasceram [pausa] era para aí com [vocalização] oito meses e meio e [vocalização] uns rapazões fortes.
[12]
Mas [pausa] até uma certa parte, a nora
[13]
Que não se sabe de que é!
[14]
Daqui Aquilo o que é certo é que descobriram que, [pausa] ao chegar àquele ponto, [pausa] iam abaixo.
[15]
INF2 Morriam.
[16]
INF1 E que é que descobriram?
[17]
Depois, disseram: "Não, [pausa] não pode ser assim".
[18]
Claro, o filho, pois, queria filhos.
[19]
Ele queria filhos.
[20]
E disse, di- Que é que lhe disse, então, a médica e [vocalização] os [vocalização] a gente os especialistas que ate-, que ate- que andaram onde eles?
[21]
Diz Dizem: "As suas crianças, temos que as tirar [pausa]
[22]
INF1 antes delas"
[23]
Portanto, foi três que tem, todos com oito meses.
[24]
Está a ver?
[25]
E la- E depois, pararam-lhe de
[26]
INF1 Pois claro.
[27]
INF2 Foi, foi, foi.
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INF1 Até este último.
[29]
Que nós tínhamos dois, um rapaz e uma rapariga,
[30]
e [vocalização] nós e as irmãs, ao meu filho, disseram-lhe: "Fizeste asnei-.
[31]
Fizestes asneira, que ela agora não devia [pausa] ter mais [pausa] filhos".
[32]
"Eh"!, diz ele
[33]
claro, estava!
[34]
INF2 De ser aberta
[35]
A ser aberta
[36]
Porque fora duas vezes.
[37]
INF1 Diz ele assim: "Há-de ser, há-de ser Há-de correr bem".
[38]
E então, dizia-lhe a nossa filha, a mais velha,
[39]
dizia-lhe assim: "Olha, vai correr bem".
[40]
Que claro, como sabe, pois ele é no no fundo é que lhe [vocalização]
[41]
E depois é que [verbo] [pausa] para cima [pausa] o menino ou a menina, a criança,
[42]
e a senhora vem depois.
[43]
Diz Diz-lhe: "Olha [vocalização], sabes o que acontece"?
[44]
Então, diziam-lhe elas, as irmãs: "Acontece que nos vem para cima [pausa] o bébé, seja menino ou menina, e ela fica em baixo, com certeza a dormir ", desta última vez.
[45]
E foi a vez que melhor lhe correu!
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Ficou completa.
[47]
Tranquila, veio logo para cima.
[48]
INF1 E tudo correu bem.
[49]
INF2 Ainda bem.
[50]
Ainda bem.
[51]
INF1 E de maneira que [pausa] era uma ideia errada dos antigos.

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