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Castro Laboreiro, excerto 19

LocalidadeCastro Laboreiro (Melgaço, Viana do Castelo)
AssuntoAs aves
Informante(s) Alarico Albertina

Text: -


[1]
INF1 Havia.
[2]
[pausa] Havia como , em todo o lado
[3]
Isso é:
[4]
tanto faz aqui como em qualquer serra,
[5]
umas pedrinhas, umas pedrinhas delgadas, [pausa] não é?
[6]
E [vocalização] depois, com uns pauzinhos com uns pauzinhos, fazia-se uma engenhoca, não é?
[7]
E punha-se [vocalização] uma isquinha qualquer, dentro, não é?
[8]
E eles iam
[9]
e tocavam no pauzinho, como o tipo da ratoeira, não é?
[10]
Mas era, era, era Eu ainda cacei co-, com assim com aquela engenhoca que eu fazia;
[11]
pois ensinaram-me, e como a mim mais, que se caçavam, então, assim [vocalização] certos pássaros.
[12]
INF1 Uma ratoeira [vocalização].
[13]
Naquele tempo, era uma ratoeira, nossa.
[14]
INF2 Nesses sítios Nuns sítios chamavam a uma lousa, homem.
[15]
INF1 ?
[16]
INF2 A gente chamava-lhe a lousa.
[17]
INF1 Não, não.
[18]
INF2 Não?
[19]
Eu, parece que lhe davam esse nome.
[20]
INF1 Não.
[21]
INF2 Eu disso fiz pouco.
[22]
Eu disso não fiz.
[23]
INF1 Nós fazíamos aquela engenhoca com to- com uns pauzinhos.
[24]
E ao tocar no pau, aquilo fechava.
[25]
Fazia-se-lhe um buraquinho na terra.
[26]
INF2 Pois era.
[27]
Nós dávamos-lhe [vocalização]
[28]
Dizíamos assim: "Armade-lhe a lo- a lousa aos pássaros para os apanhar".
[29]
Por isso é que te eu digo que
[30]
Mas eu nunca nunca fiz.
[31]
Mas Mas [pausa] falávamos assim uns com os ou- os outros.
[32]
Mas eu nunca fiz.

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