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Castro Laboreiro, excerto 24

LocalidadeCastro Laboreiro (Melgaço, Viana do Castelo)
AssuntoO lenhador e o forno de carvão
Informante(s) Albertina Alarico Alcina

Text: -


[1]
INF1 Ao ar livre.
[2]
Era assim uma coisa redonda.
[3]
INF2 Ar livre.
[4]
E não e depois não, não, depois Depois, quando era para o apagar, aterrava-se.
[5]
Chamava-se aterrar.
[6]
Deitava-se-lhe um bocado de terra.
[7]
INF1 Para que não ardesse assim
[8]
Para que não ficasse assim
[9]
INF2 Para que não ardesse mais.
[10]
Para que não estragasse.
[11]
E depois, aquilo [pausa] parava o [vocalização] lume
[12]
[pausa] e é que ficava o carvão bom.
[13]
INF1 Começava-se a apartar assim aquela
[14]
INF2 Mas, claro [vocalização], di- queria uma certa prática.
[15]
INF1 Tu [vocalização], no teu tempo não, filha;
[16]
mas no nosso, qualquer fazia o saco de carvão ca não, ca não, ca ma- para matarmos a fome.
[17]
Claro, tu tens razão de que tu no teu tempo, iam [pausa] certa gente que que não sabia fazer outra coisa.
[18]
Mas, no nosso tempo, eu enchi-me de fazer sacos de carvão.
[19]
INF3 Era um desprezo ir para o carvão.
[20]
INF1 Era um desp-
[21]
No vosso tempo, claro, se desprezava.
[22]
Como agora, nenhuma pessoa se
[23]
INF1 Pois sabia, ca que que a obrigava a miséria.
[24]
INF1 [vocalização] Sim senhor, sim senhor.
[25]
Obrigava a miséria.
[26]
No teu tempo, tu tens razão, que não;
[27]
mas no nosso, [pausa] fazíamos tudo.

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