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Assanhas (Figueiró da Serra), excerto 6

LocationAssanhas (Celorico da Beira, Guarda)
SubjectAs árvores
Informant(s) Arnaldina
SurveyALEPG
Survey year1997
Interviewer(s)João Saramago Gabriela Vitorino
TranscriptionSandra Pereira
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

Text: -

[1]
INF As moitas é onde além há os os carvalhos.
[2]
Chamam os carvalhos.
[3]
[vocalização] É tudo só carvalhos.
[4]
[vocalização] Há para ali muitas.
[5]
INF Chamam as moitas, [pausa] que era onde andávamos com as ovelhas e [vocalização] havia lá aquelas abrótegas, que elas gostavam muito!
[6]
As ovelhas gostavam…
[7]
INF As ovelhas comiam muito estas folhas da abrótega.
[8]
INF E a E depois por baixo tinham a cabeça mas aquela…
[9]
E outras vezes iam-se até apanhar para os porcos.
[10]
INF Às vezes, apanhávamos para os porcos.
[11]
INF Não, não.
[12]
Aquilo não era venenoso,
[13]
não.
[14]
INF [vocalização] Dava-se aos vivos.
[15]
INF E agora há aí a tal …
[16]
A tal boleta que dá os carvalhos até se apanhava também para o para os porcos.
[17]
INF Dão.
[18]
É as tales boletas.
[19]
INF Sim.
[20]
INF Umas bolinhas na nas folhas?
[21]
INF Isso co- comiam, às vezes.
[22]
Até chamavam àquilo [vocalização] grães da, da da boleta.
[23]
Chamavam grão da boleta.
[24]
INF É.
[25]
Pois.
[26]
INF Ai!
[27]
Isso já me ia a esquecer!
[28]
INF Pois, tinha muita bugalha!
[29]
É, olha, agora!
[30]
Pois agora…
[31]
Pois, bugalhas!
[32]
Era bugalhas e abrótega, [pausa] assim, e bolota.
[33]
INF E bugalhas, é.
[34]
É, é.
[35]
Era isso que deitam os carvalhos.
[36]
INF Pois é.

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