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Fiscal, excerto 13

LocalidadeFiscal (Amares, Braga)
AssuntoO linho, a lã e o tear
Informante(s) Crescência

Text: -


[1]
INF Pois.
[2]
O linho, quer-se dizer, leva muitas voltas.
[3]
Levava muitas voltas, .
[4]
Ora bem, por primeiro, começa-se por semear
[5]
que é é, é [vocalização] semear um campo.
[6]
INF Depois puxava,
[7]
faz [vocalização] uma coisa como a erva da semente agora, que que se corta.
[8]
Depois, quando estivesse vingado, era arrancado.
[9]
Havia uma máquina, [vocalização] um ripanço chamava-lhe a gente um ripanço , de ripar, tirar a baganha.
[10]
Depois o [vocalização] linho atava-se em feixes,
[11]
metia-se debaixo da água,
[12]
ia para nove dias.
[13]
Ao fim, tirava-se,
[14]
punha-se a corar, estendido [vocalização] no chão,
[15]
secava
[16]
e corava até
[17]
Quando estivesse bem seco, era guardado.
[18]
Depois ia para o engenho, um engenho de [vocalização] próprio, desses chamavam engenho de de moer aquilo e ficar em linho.
[19]
Depois ficava em linho
[20]
Depois era feito às manadas
[21]
Depois era espadado
[22]
Depois era assedado num ripanço
[23]
[pausa] Depois [vocalização] de ser assedado, era fiado.
[24]
A roca, o fuso, fiava-se.
[25]
Depois [vocalização] fazia-se as meadas.
[26]
Eram cozidas,
[27]
iam ao forno.
[28]
[pausa] Depois iam corar.
[29]
Depois fazia-se em novelos
[30]
e depois ia à tecelagem,
[31]
ia para se tecer.
[32]
Isto é, leva muita levava muita volta!
[33]
INF Muito trabalho!
[34]
INF Depois vinha-se a
[35]
Tecia-se.
[36]
Do pano tecido, era outra vez muito bem escaldado com farinha ou cinza,
[37]
e depois ia corar até que a gente entendesse que ele que estava [pausa] mais ou menos bem à vontade da gente:
[38]
corado, ou mais trigueiro, ou mais [pausa] mais claro.

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