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Granjal, excerto 36
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e o enfermeiro disse-lhe assim: "Então, senhor Estevão, aquela senhora o que é que lhe é"?
INF1 "Cura muitas Cura muitas coisas com os remédios caseiros
e aqui a [vocalização] nossa porteira lembrou-se de a cá mandar
e, olhe, estou todo satisfeito com ela!
O senhor quer ver a minha perna"?
Desembrulhou-a já toda sequinha!
INF1 Aquelas peles, já tinha cortado tudo,
já estava tudo a criar coirinho,
E ele ficou todo satisfeito.
E depois mais tarde tornou lá a diz- ver como é que eu fazia, hã?!
Ele andava sempre a ver se me lá apanhava, a ver como é que eu fazia.
E foi dizer aos doutores: "Médica é uma uma senhora que mora na Penha de França, que é mulher dum peixeiro.
Fulano assim, assim está tratado.
Ela é que o tem tratado com estes remédios".
Explicou-lhe tudinho, tudinho, tudinho, tudinho.
Quantas pessoas depois lá bateram!
INF1 Fui eu quem tratei o homem.
Chamavam-na dona Eufrosina,
tinha só, t- tem só duas filhas.
Ele morreu agora há pouco tempo.
No dia de Natal, no dia nas vésperas do Natal, olhe, um cesto grande de carga.
Olhe, ela levou-me farinha, figos, pinhões, açúcar, arroz,
INF2 Trouxeram mais sempre.
olhe, [vocalização] quan- de quanto havia na loja, de quanto me ela levou um cesto.
INF2 Aquela minha vizinha…
INF2 Aquela minha vizinha, aos maus tratos que lhe fazem a quem lhe eu fazia, Nosso Senhor lhe c- lhe dê o castigo que ela merece!
[pausa] A gente fazer bem…
INF1 Olhe, ele era tão nosso amigo, tão nosso amigo, se nós precisássemos todos os dias…
INF1 Se nós precisássemos todos os dias que nos ele lá fosse fazer qualquer coisa a casa, ele ia sempre.
Era um grande marceneiro.
Mal empregadinho homem em já morrer ele já morreu!
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