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Vale Chaim de Baixo, excerto 6

LocationVale Chaim de Baixo (Odemira, Beja)
SubjectA ceifa, a debulha e a desfolhada
Informant(s) Cirilo Ciro
SurveyALEPG
Survey year1995
Interviewer(s)Luísa Segura da Cruz Gabriela Vitorino
TranscriptionSandra Pereira
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMárcia Bolrinha
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF1 Pois, faziam um roleiro.
[2]
Faziam uma esteira.
[3]
Às vezes, aquilo era à ração:
[4]
[pausa] cada de dez, ou cada de sete, ou cada seis, tiravam um.
[5]
Pois.
[6]
Andava à ração.
[7]
INF1 É um supor:
[8]
eu tenho além um bocado de terreno.
[9]
INF1 Pois.
[10]
E vem um,
[11]
pede-mo;
[12]
e eu dou-lhe à ração de seis ou de sete.
[13]
INF1 Pois.
[14]
Quer dizer, "Vai além"
[15]
dou-lhe um bocado de terra para ele fazer, pois
[16]
"olha, lavra
[17]
e faz
[18]
e de sete molhos pagas-me um"!
[19]
era assim.
[20]
INF1 Pois, isso é que era o
[21]
Não.
[22]
Isso era
[23]
Um Um seareiro.
[24]
Um seareiro que é quase é quase comparado mas não era isso.
[25]
Não é não é Não é bem isso.
[26]
Um seareiro, qu- como é que é um seareiro, que a gente diz que é um seareiro?
[27]
Um seareiro
[28]
INF1 É, é, é um, é um supor É um supor: [vocalização] como a- como a Herdade do Geraldo Palhas, ou outra herdade assim, uma herdade grande , ou de Vale Chaim,
[29]
e vinha ali um bocado,
[30]
pedia-lhe ali um bocado de terreno.
[31]
Ali dez, ou dez ou quinze, ou vinte alqueires de trigo.
[32]
Dizia: "Olha, além está um bocadinho que é que é é, é, é do meu seareiro".
[33]
INF2 É à ração.
[34]
INF1 "É à ração.
[35]
É do meu seareiro".
[36]
INF1 Pois, é à ração.
[37]
INF1 Pois, e era isso.
[38]
INF2 Pagava conforme.
[39]
INF1 [vocalização] Aq- Eu pagava pagava a mesma
[40]
Era Era conforme pagava, que o coiso pagava ração.
[41]
[vocalização] Aquilo era Aquilo depois era ao molho [pausa] de de quatro, ou de cinco, ou de seis
[42]
Conforme combinavam, dava um.
[43]
INF1 Pois.

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