Representação em frases

Vale Chaim de Baixo, excerto 35

LocalidadeVale Chaim de Baixo (Odemira, Beja)
AssuntoAs aves
Informante(s) Cirilo Cloé

Texto: -


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[1]
INF1 O que é uma loisa?
[2]
Então uma loisa pode ser uma loisa de apanhar pássaros.
[3]
É uma loisa, pronto!
[4]
INF1 Uma loisa?
[5]
Então, olhe, era aquilo que eu tenho
[6]
Eu v- Eu vou-lhe mostrar o que é uma loisa.
[7]
É isto.
[8]
INF1 Isto é que é uma loisa.
[9]
INF1 É.
[10]
Isto chama-se mesmo uma loisa.
[11]
INF1 Não.
[12]
O cepo é assim
[13]
[pausa] Portanto, o cepo é assim.
[14]
INF1 É assim deste género.
[15]
INF1 Daqui [pausa] assim por fora para aqui.
[16]
INF1 Pois.
[17]
INF1 E aqui tem um rabicho
[18]
e vai aqui
[19]
[pausa] Pois.
[20]
E isto depois abre assim
[21]
e depois vem daqui,
[22]
tem aqui
[23]
aqui [vocalização] um braço qualquer aqui que vai
[24]
e fica aqui.
[25]
INF1 Aquilo vem dalém, aquela palhetazinha,
[26]
e aquilo fica aqui.
[27]
INF1 Pois.
[28]
INF1 E depois isto quando dispara, dispara assim.
[29]
Isto tem aqui um prato.
[30]
INF1 Hum?
[31]
Tem aqui um prato grande aqui.
[32]
INF1 Aqui, isto aqui de baixo tem uma coisa pegada ao prato,
[33]
levanta-se o prato para cima,
[34]
e aqui tem a coisa
[35]
e fica aqui.
[36]
INF1 Pois.
[37]
E conforme vem depois o p- o bicho, põe a pata aqui em cima, meu belo amigo!,
[38]
isto dispara.
[39]
INF1 Pois.
[40]
INF1 Isto é que é a loisa.
[41]
INF1 Mas
[42]
INF1 A loisa
[43]
INF1 Vou-lhe explicar Vou dexplicar o que era a loisa.
[44]
INF1 Pois.
[45]
A loisa é uma loisa é uma coisa feita em pau.
[46]
INF1 Pois.
[47]
Chama-se-lhe uma loisa de pedra.
[48]
Isso é que é uma loisa.
[49]
INF2 Não chama-se uma armadilha?
[50]
INF1 Não.
[51]
É uma loisa.
[52]
Isso é que é uma loisa.
[53]
Isso é que é
[54]
Isso é Isso é que é mesmo uma loisa.
[55]
INF2 E isto E isso chama-se uma armadilha.
[56]
INF1 Pois.
[57]
Portanto, são [pausa] três pauzinhos.
[58]
Pois, três pauzinhos.
[59]
Isso é que é a loisa.
[60]
Se verem aquilo
[61]
é p- é pena não ter vagar,
[62]
senão eu fazia-lhe uma para vomecês levarem, que era para ganharem um prémio com ela.
[63]
A loisa, aquilo é feito assim:
[64]
aquilo é feito aqui assim uma barbela, aqui assim outra, aqui aqui assim a barbela de trás, aqui,
[65]
aqui assim é outra, aqui,
[66]
e por baixo é em cunha.
[67]
Pois.
[68]
E depois aqui, é um [noun] assim grande, que é feito também em cunha assim, assim, que é para enfiar além na coisa.
[69]
E depois tem então uma vareta, que é assim deste uma vareta grande, assim deste tamanho assim, com umas forquinhazinhas assim.
[70]
INF Tem assim umas forquinhazinhas assim
[71]
e é aqui a direito.
[72]
Tem aqui assim umas forquinhas, que é para pôr assim no tanchão
[73]
e depois aqui assim tem umas umas barbelazinhas.
[74]
E depois aqui dentro dentro depois aquilo é assim assim rachado, que é para pôr ali o engodo.
[75]
E depois a criação tem uma pedra, uma pedra dessas, uma pedra do campo, não é?
[76]
INF Quem diz uma pedra, diz uma tábua para pôr qualquer coisa.
[77]
E então é aquilo que é uma que se chama uma loisa.
[78]
Depois a gente pranta ali assim o loiseiro, o tanchão e a vareta.
[79]
[pausa] Pois, aquilo é que é a loisa.
[80]
INF Então depois aquilo fica armado.
[81]
INF E depois aquilo pranta-se uma coisa qualquer
[82]
e o bicho entra ali por debaixo,
[83]
puxa por aquilo,
[84]
aquilo cai
[85]
INF Cai a pedra em cima,
[86]
fica caçado.
[87]
Isso é que é a loisa.
[88]
INF Pois.
[89]
INF É para qualquer qualquer bicho.
[90]
INF Pode ser para coelhos,
[91]
pode ser para perdizes,
[92]
pode ser para
[93]
INF Para Para lebres.
[94]
Aquilo é o é o que prantarem,
[95]
é conforme o engodo que prantarem [vocalização]
[96]
INF Não, para zorras
[97]
INF Fogem,
[98]
fogem porque [vocalização] a pedra é fraca.
[99]
INF Pois.
[100]
Mas se prantarem um bocado duma galinha dentro, , num sítio qualquer, vai um bicho qualquer para comer aquilo

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