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Porto de Vacas, excerto 11

LocalidadePorto de Vacas (Pampilhosa da Serra, Coimbra)
AssuntoA oliveira, a azeitona e o azeite
Informante(s) Benedito

Text: -


[1]
INF Não.
[2]
Aquilo nem era pedra;
[3]
aquilo é aquilo era:
[4]
era a pedra
[5]
e tinha e tinha ali uma um coiso, uma argola de ferro grande de encaixar,
[6]
e entrava dentro daqui do fundo do fuso;
[7]
entrava porque o fuso tinha, tinha tem uma uma cavidadezinha para cima, e entrava;
[8]
e aquilo tinhas umas umas vielas em volta, no fundo, para mor de aquilo não romper
[9]
Porque aquilo era muito coiso, para se não
[10]
Que aquilo era:
[11]
era sempre azinho ou ou sobro ou sobreira, como a gente chamava , o fuso.
[12]
E [vocalização] tinha aquele aquele buraquinho com aquela
[13]
E o fuso tinha aquela aquela parte para cima
[14]
[pausa] e [vocalização] encaixava dentro do fuso,
[15]
e depois a gente metia , [vocalização] por exemplo, assim na parte que tinha um furo, assim;
[16]
metia-se aquela chave
[17]
e depois o levantava;
[18]
mas se não metesse a chave, não o levantava, porque fuso ia para cima, [vocalização] sozinho, e não levantava a pe- o penedo para cima.
[19]
INF Pois.
[20]
É.
[21]
Era, era Era para mor de coiso.
[22]
Por exemplo, o penedo tinha isto aqui, assim tinha tinha esta parte a assomar assim no penedo ,
[23]
e encaixava rente do fuso assim de baixo para cima.
[24]
INF E depois havia assim um buraquinho aqui,
[25]
a gente metia aqui aquela chave
[26]
INF Que é Pois.
[27]
Que é, que é Que era depois
[28]
a gente começava a andar com com o fuso de roda
[29]
e o penedo
[30]
A própria rosca do fuso em cima na concha levava o penedo acima
[31]
e levantava-o assim do do chão para cima, assim, uma distância destas, para cima por exemplo.
[32]
[pausa] Ele ia outra vez pousar
[33]
aquilo ia abatendo
[34]
e a gente tornava-lhe a dar mais uma volta ou duas, até que
[35]
INF Pois.
[36]
Era o que segurava o pene- o penedo ao fuso.

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