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Serpa, excerto 9

LocalidadeSerpa (Serpa, Beja)
AssuntoA agricultura
Informante(s) Aristómaco

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[1]
INF A marcação.
[2]
INF [vocalização] E- Embelgar.
[3]
Embel- Embelgação de terra.
[4]
INF E esse Esse da, da da espécie é uma mão.
[5]
Uma mão.
[6]
Pois.
[7]
INF A As mãos.
[8]
INF Porque ficava com seis passos, que era a medida por a gente, com o sem- com o semeador, que deitava a semente.
[9]
Cada passo, é a mão-cheia de semente
[10]
e era deitada.
[11]
E então, chamava-se a gente aquilo um arco.
[12]
Quer dizer, tinha que atracar os seis passos com dois arcos.
[13]
A gente [pausa] num passo, cada um passo que , joga aqui assim a mão nesta posição.
[14]
Jogou aqui assim a mão
[15]
e fez isto.
[16]
Quando deu o outro passo, jogou,
[17]
deitou o outro arco para aqui.
[18]
Fez isto
[19]
e jogou o arco assim.
[20]
Chama-se isto um arco.
[21]
[vocalização] É o espalhar da semente.
[22]
E então a terra tem que ser riscada, que é por para a gente nunca fugir daquela conta.
[23]
Porque chegava a pontos que perdia o norte e acabava a pôr a semente em cima uma da outra.
[24]
E assim [pausa] guiou-se por o meio da da dita mão,
[25]
marcou um arco para a direita,
[26]
marcou um o arco para a esquerda
[27]
e assim foi indo.
[28]
Chegou à ponta,
[29]
voltou novamente.
[30]
O mesmo giro.
[31]
Vai um fazendo esse serviço que chama-se o o semeador ouviu?
[32]
INF A isso?
[33]
É a É a mão.
[34]
INF Mete por esta mão adiante
[35]
e vai semeando [pausa] a semente.
[36]
INF Ou que diga, como às vezes é o hábito que a gente se regulava: "Olha, ou meto nessa belga".
[37]
INF Também dizíamos.
[38]
Ou: "meto nessa belga", ou: "meto nessa mão".
[39]
Pois.
[40]
INF É semear.
[41]
Pois.
[42]
INF "Logo semeio".
[43]
[pausa] Muita da Muita das vezes [vocalização]
[44]
INF Porque
[45]
INF "Que eu logo semeio".
[46]
Muita das vezes, se acontecia [pausa] haver muito gado [pausa] e o [vocalização] próprio homem que andava a semear andava, às vezes, estafado , que via-se, às vezes, custoso: quando acabava [vocalização] uma belga, [vocalização] era outro arado a voltar, a voltar, a voltar, e aquilo chegava a pontos estafado e havia uma pessoa sempre era boa de consciência, e vinha-se a altura do descanso, que aquilo ali, de duas em duas horas, davam vinte minutos para os animais descansarem e a gente fumar um cigarro e depois havia um que andava mais folgado
[47]
INF Não, obrigado.
[48]
Não gasto.
[49]
Muito agradecido.
[50]
[vocalização] E havia um que sempre andava mais descansado, porque muito diferente é
[51]
Em mormentes de dias de chuva,
[52]
que agora quase que não se faz isso, assim na enchente, mas como ela era feita aqui anos
[53]
Dias inteiros a chover
[54]
Chama-se aquilo [pausa] um sementeiro,
[55]
cheio de semente aqui a este ombro, um homem ali de seis, sete horas ouviu? [pausa] era era de custar.
[56]
E havia, naqueles vinte minutos que se estava de descanso, havia um qualquer,
[57]
dizia assim: "Pcht, ó fulano, saia para o sementeiro".
[58]
Que se chamava aquilo um sementeiro.
[59]
"Descansa tu um bocadinho que eu agora vou eu semear.
[60]
Então, vou eu semear".
[61]
ia ele,
[62]
adiantava ali [pausa] três, quatro, cinco belgas,
[63]
depois, pronto, agarrava-se ao arado,
[64]
ia a lavrar,
[65]
e o outro ia novamente com aquilo
[66]
o outro ia um bocadinho mais descansado.
[67]
INF As belgas?
[68]
As belgas eram marcadas [pausa] com uns bocadinhos dumas canas, com suponhamos com um trapo branco, qualquer um outro papel, diferente de cor da da terra, para para desenhar.
[69]
Conforme era
[70]
Se a terra era direita
[71]
E depois dependia da habilidade de cada um.
[72]
Porque alguns na vila, que conhecemos com essa habilidade,
[73]
quase que à à distância de duzentos [pausa] metros, ou cem, se a terra fosse direita, punham uma baliza aqui e outra naquela ponta,
[74]
tinha avondo.
[75]
E outras pessoas com menos habilidade, de quarenta em quarenta metros tinham que pôr [pausa] umas balizazinhas, [pausa] uma aqui [pausa] ouviu? e outra aqui.
[76]
Tinham que ir pondo.
[77]
E depois o fulano vai, naquela posição assim, agarrado ao arado e com esta mão agarrado às arreatas da das bestas,
[78]
ia seguindo.
[79]
Porque isto era, suponhamos, [pausa] a canga chama-se a canga que está em cima dos animais, e o ponto tinha que ficar aqui assim ao meio.
[80]
O ponto tinha que bater assim.
[81]
E a canga do animal tinha que passar por aqui.
[82]
A gente ia seguindo, puxando o animal com esta coisa
[83]
e ia.
[84]
Não se olhava para o chão.
[85]
Porque aquilo era um risquinho, não importava aquilo ficar mal feito.
[86]
Aquilo é um risquinho que é para saber para se para se mandar a semente à terra.
[87]
INF Por ali, pelo risco.
[88]
Pois, então.
[89]
INF Pela do risco.
[90]
É pelo risco.
[91]
INF O arado é o mesmo.
[92]
INF Agora havia uma diferença:
[93]
o que faziam [pausa] era outro mais pequenino porque [vocalização] favorecerem o animal e aquilo era para era para andar.
[94]
INF Não.
[95]
O [vocalização] O nome era o mesmo.
[96]
O que é o que podia ser é o seguinte:
[97]
"Olha, fa- levas o arado de três, ou o arado de quatro, ou o arado de cinco".
[98]
É a diferença.
[99]
INF É a me- Havia diferentes ta- tamanhos.
[100]
INF O um, o dois, três.

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