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Serpa, excerto 33

LocalidadeSerpa (Serpa, Beja)
AssuntoO porco e a matança
Informante(s) Aristómaco

Text: -


[1]
INF O p- O pocilga é para dormir.
[2]
INF Para dormir.
[3]
Mas a engorda tem que ser
[4]
Têm Têm que andar por fora.
[5]
Que Que a gente [vocalização] diz assim: "O porco de engorda vai para a rociada"
[6]
que é para a rociada!
[7]
Que é o andar ali no campo, que o porco também tem que transitar um bocado.
[8]
Até Tem umas tantas horas vai vai transitar
[9]
que a gente diz: "Vai transitar para a rociada"
[10]
e depois volta novamente a comer.
[11]
Que o porco, quando se diz que está para a engorda, pelo menos de duas em duas horas tem que estar comendo.
[12]
INF Para engordar, diferentas diferentas comidas, conforme o [vocalização] dono queira o tempo em que ele leve a engordar.
[13]
Pode ser com farinhas próprias, de uma qualidade, que seja milho,
[14]
como pode ser o milho feito em farinha,
[15]
como pode ser a fava, por si, deitada de molho para não escaldar [pausa] a boca.
[16]
Porque chega a pontos que faz doer o dente ao animal.
[17]
É um bocadinho deitada de molho,
[18]
ele torna-se mais macio,
[19]
o animal come mais ouviu?
[20]
Como pode ser o gramijo,
[21]
como pode ser com a cevada,
[22]
como pode ser com um [vocalização] trigo que que [vocalização] seja ruim, que tenha muitas impurezas, que não seja aceitado no celeiro
[23]
que mandam fazer em farinhas, juntamente aquelas sementilhas, e aquilo desfaz aquilo tudo, trás!
[24]
Pode ser dado em seco, dentro dumas vasilhas,
[25]
como pode ser feito em travia.
[26]
[pausa] E a E a porção [pausa] é conforme o o dono tiver o compromisso, ou ele tenha falta do dinheiro.
[27]
Diz assim: "Dentro de de dois meses, tenho que pôr os porcos [pausa] à matança".
[28]
Chama-se deitar os porcos à terra.
[29]
É quando eles firmam o cu no chão que se não são capazes capaz de levantar.
[30]
Digo: "O porco está com o cu no chão
[31]
que tem que se
[32]
Tem que ir para a matança".
[33]
Tem que deitá-los a terra.
[34]
Enquanto eles andam por si, é porque estão leves.
[35]
E quando o porco põe o cu no chão, que levanta as mãos para cima, digo: "Prontos! se não pode dar mais comida porque ele não põe mais carne e não aumenta mais".
[36]
Está é prejudicando.
[37]
Porque come e não põe mais carne.
[38]
E então, nessa altura, sentou o cu no chão, vai para a matança.
[39]
Chegou-se ao do comprador que estiver comprometido:
[40]
"Olhe, tenho então [pausa] uma vara de porcos.
[41]
Tenho quarenta,
[42]
tenho cinquenta,
[43]
tenho cem
[44]
Estão prontos a vender".
[45]
"Quantas arrobas podem ter"?
[46]
"Olhe, podem ter quatro,
[47]
podem ter cinco
[48]
Vamos a pesá-los".
[49]
Nessa altura são pesados
[50]
[pausa] e o dono [pausa] aliviou-se dessa carne.

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