Representação em frases

Santo André, excerto 19

LocalidadeSanto André (Montalegre, Vila Real)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Gotardo Hortense
InquéritoALEPG
Ano do inquérito1984
Inquiridor(es)Manuela Barros Ferreira João Saramago
TranscriçãoSandra Pereira
RevisãoAna Maria Martins
Anotação POSSandra Pereira
Anotação sintáticaMélanie Pereira
LematizaçãoDiana Reis

Texto: -


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era febra e gordo, mas
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E bota
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e ao fim anda um pedaço, um pedaço:
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"Gotardo, que seja a última vez que te ouça dizer
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e que não volvas mais a dizer isso, que o pão que é negro!
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Gotardo, nunca mais volvas dizer que o pão que é negro!
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[pausa] Deves dizer:
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negra é a fome!
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[pausa] Negra é a fome"!
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INF2 Ele tinha vontade
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INF1 E eu olho para mim assim:
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"Um doutor assim"
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Quantas vezes aqui tenho contado?!
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INF2 Homem!
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Tinha vontade o homenzito.
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INF1 O homem disse mesmo assim
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e olhe que me lembrou sempre, sempre, sempre, sempre.
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Diz:
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"Negra é a fome".
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Diz:
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"Não é o pão".
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"Dizer que o pão que é negro?!
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Não é negro.
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Negra é a fome"!
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INF1 Pronto.
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INF1 Continuamos.
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INF2 E é verdade.
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A gente quando tem fome
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INF1 Agora, as senhoras, se nos querem botar duas também que fiquem dos seus lados, botem-nos duas também
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que Deus nos guarde.
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Porque ainda é muito
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INF2 É de Cabeceiras.
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INF1 Ai é aqui?
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INF2 A senhora.
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INF2 A mãe.
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INF1 Ai, então é aqui de pertinho de nós!

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