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Santo Espírito, excerto 12

LocationSanto Espírito (Vila do Porto, Ponta Delgada)
SubjectA vida humana
Informant(s) Isaltina
SurveyALEPG
Survey year1979
Interviewer(s)Gabriela Vitorino João Saramago
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

Text: -


[1]
INF Ai, isso é para botarem [vocalização] em riba do plástico, no no berço, não é?
[2]
Chamam mijeiros.
[3]
INF Mijeiros.
[4]
Umas coisas grossas que fazem que é por causa de botar em cima, para pegarem no berço.
[5]
INF Isso quando se deita a criança.
[6]
Que nalgum tempo não havia calças plásticas nem nada.
[7]
INF Não havia nada!
[8]
Punha-se a sua fraldinha amarradinha,
[9]
e deitava-se ali ;
[10]
ele mijava,
[11]
ficava tudo ali.
[12]
INF Para não passar para a
[13]
INF Sim.
[14]
Agora dessas fraldas plásticas, não.
[15]
INF Este pequeno nunca
[16]
Tem o seu colchão,
[17]
arranjaram-lho agora.
[18]
Mas nunca mijou o colchão, nunca, nunca.
[19]
INF Sempre bem arranjadinho, com as suas fraldinhas, com a sua tudo bem arranjado.
[20]
INF Ah, nalgum tempo!
[21]
Isso mijeiro é o que se bota em cima da pele ou do ou do plástico
[22]
Nalgum tempo era de pele de carneiro-.
[23]
Eh credo!
[24]
INF Pele de carneiro, mas com , baixinha.
[25]
Matavam as ovelhas,
[26]
depois tiravam-na [vocalização] esfolavam e curtiam-na
[27]
e esticavam numas numas canas nas paredes da casa,
[28]
secava bem seca.
[29]
Depois, amornava água,
[30]
lavava-se tudo muito bem lavado em sabão,
[31]
ia secar bem seca
[32]
e toca [pausa] para a beira do berço pra ele [vocalização] .
[33]
INF Não havia plástico.
[34]
Não.
[35]
Ele nem sequer falava-se nisso.
[36]
Nada, nada.

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