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Santa Justa, excerto 40

LocalidadeSanta Justa (Coruche, Santarém)
AssuntoO oleiro
Informante(s) Dagoberto

Text: -


[1]
INF Depois ainda tinha estas asas.
[2]
Tanto das panelas, como das cântaras, como dessa coisa, ainda tinha esta esta asa que era feita depois manualmente,
[3]
não era na roda.
[4]
[vocalização] Mas tinha que se deixar tinha que se deixar a panela, ou cântaro, ou isso que fosse, ter [vocalização] uma certa sezão própria, assim mais rijinha, para depois lhe sermos co- capaz de colocar a asa.
[5]
Porque se estivesse logo mole quando se acabava de fazer, a gente ia aqui para lhe colar a asa
[6]
e isto [vocalização] vergava tudo,
[7]
metia para dentro,
[8]
vergava tudo
[9]
e nada
[10]
[pausa] Pegaria até melhor [vocalização] pela sezão de estar fresca,
[11]
mas tinha que estar rija para aguentar.
[12]
E nós aqui, isto isto era feito à mão.
[13]
Era era um coiso um coiso de barro muito bem amassadinho, ainda mais bem amassado que este.
[14]
E E depois era batido aqui na ponta da bancada para ficar aqui pegado.
[15]
E depois nós com as mãos íamos puxando, puxando, puxando, puxando, puxando, puxando com uma pinguinha de água à mistura,
[16]
íamos puxando, puxando até até pôr mais ou menos esta grossura.
[17]
Quando pusesse esta grossura, a gente com este dedo e este por baixo cortava;
[18]
cortava,
[19]
vinha com ela aqui
[20]
e e pegava.
[21]
Pegava, depois de estar aqui pegado,
[22]
punha-se este dedo,
[23]
nós vergávamos aqui o barro para dar coiso e aqui
[24]
Era assim.

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